Ex-técnico de TI infiltrado revela: salário na Coreia do Norte financiou regime ditatorial
Ex-técnico revela como salário financiou ditadura norte-coreana

Imagine só: você é um técnico de TI, contratado para trabalhar no exterior, mas descobre que seu emprego é, na verdade, uma fachada. Foi exatamente o que aconteceu com um norte-coreano que agora resolveu quebrar o silêncio. Ele revelou como o governo de Pyongyang enviava cidadãos como ele para outros países — não para ganhar experiência, mas para infiltrar e mandar dinheiro de volta.

O esquema era simples, mas assustadoramente eficiente. Profissionais como ele eram treinados para parecerem comuns, mas por trás dos códigos e servidores, havia uma missão clara: enviar parte do salário para financiar o regime. E não era pouco — estamos falando de milhares de dólares por mês.

O jogo duplo da Coreia do Norte

Não é segredo que o país de Kim Jong-un vive sob um dos regimes mais fechados do mundo. Mas o que pouca gente sabe é como eles usam até mesmo os empregos mais comuns para sustentar sua máquina de controle. O ex-técnico, que preferiu não se identificar por medo de represálias, contou que muitos como ele eram enviados para empresas estrangeiras, principalmente na Ásia e Europa.

— A gente sabia que, se não obedecesse, a família poderia sofrer — disse ele, em entrevista. — Eles chamavam de "serviço patriótico", mas era pura exploração.

Como funcionava o esquema?

  • Seleção: Os melhores alunos de tecnologia eram recrutados ainda jovens.
  • Treinamento: Aprendiam não só programação, mas como evitar suspeitas no exterior.
  • Controle: Parte do salário era confiscado pelo governo — às vezes até 80%.

E o pior? Muitos nem desconfiavam que estavam sendo usados. Achavam que estavam ajudando o país, até descobrirem que o dinheiro ia parar nos bolsos dos generais.

Será que ainda há infiltrados por aí? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: essa história mostra até onde um governo autoritário pode ir para manter seu poder. E, infelizmente, quem paga o preço são sempre os mais vulneráveis.