A Justiça da Espanha condenou quatro indivíduos por participação no ato racista contra o jogador brasileiro Vinicius Jr, do Real Madrid. O caso ocorreu em janeiro de 2023, quando um boneco com a camisa do atleta foi pendurado em uma ponte na capital espanhola, acompanhado de uma faixa com mensagem ofensiva.
Os condenados, identificados como membros de um grupo ultra do Atlético de Madrid, receberam penas de dois anos de prisão, além de multa. A decisão judicial considerou o crime como um ato de ódio racial, reforçando a gravidade do episódio no cenário esportivo internacional.
Detalhes do caso
O incidente aconteceu às vésperas de um clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid, aumentando a comoção em torno do caso. As investigações apontaram que os acusados agiram com intenção clara de intimidar o jogador brasileiro, que já vinha sofrendo ataques racistas em partidas pelo Campeonato Espanhol.
Durante o julgamento, a defesa tentou argumentar que se tratava de uma brincadeira, mas a promotoria destacou o caráter violento e discriminatório da ação. O Ministério Público espanhol classificou o ato como "um atentado contra os valores do esporte e da sociedade".
Repercussão no mundo do futebol
O caso gerou ampla repercussão internacional, com manifestações de repúdio de entidades esportivas, jogadores e torcedores. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu nota oficial condenando o racismo e apoiando Vinicius Jr.
O jogador, que se tornou símbolo da luta contra o racismo no futebol, comentou sobre a condenação em suas redes sociais: "É um passo importante, mas a batalha continua. Precisamos de ações concretas para acabar com o racismo nos estádios".
Medidas contra o racismo no esporte
Após o episódio, a La Liga anunciou o reforço de protocolos contra a discriminação, incluindo:
- Maior fiscalização nas arquibancadas
- Campanhas educativas contra o racismo
- Penalidades mais severas para clubes cujos torcedores pratiquem atos discriminatórios
Especialistas em direito esportivo avaliam que a condenação neste caso pode servir como precedente para ações judiciais mais firmes contra o racismo no futebol europeu.
