
Eis que surge uma daquelas revelações que te faz parar tudo o que está a fazer. Aquele tipo de informação pesada, que fica no estômago. Desta vez, veio de onde menos se esperava: dos próprios arquivos confidenciais das Forças de Defesa de Israel.
O jornal israelense Haaretz, conhecido por seu trabalho de cão farejador, conseguiu acesso a documentos internos que pintam um quadro… bem, francamente, aterrador. Segundo os papéis, que supostamente circulavam em altos escalões militares, 83% das pessoas mortas em Gaza desde o início da operação militar são civis. Sim, leu bem. Oitenta e três por cento.
Não são números de ONGs ou estimativas de agências internacionais—que já vinham a soar o alarme há meses. São dados que, aparentemente, vinham dos próprios israelenses. A coisa é séria. E põe séria nisso.
Os Números que Ninguém Queria que Você Visse
Detalhe crucial: a análise cobre o período desde o fatídico 7 de outubro, aquele dia horrível que todo mundo lembra, até… pasme… 19 de agosto deste ano. Quase um ano de conflito. Uma eternidade.
Os documentos, segundo a apuração, não foram elaborados para consumo público. Longe disso. Eram relatórios internos, matérias-primas para o comando militar entender o que, diabos, estava a acontecer no campo de batalha. O que isso significa? Que a inteligência militar israelense já sabia. E sabia há tempo.
Uma Contabilidade Macabra e Seus Dilemas Morais
O jornal israelense vai além e esmiúça a metodologia—algo raro nesse tipo de vazamento. Os números foram compilados cruzando dados de várias agências de segurança e inteligência. Não é um chute. É uma estimativa robusta, embora, claro, como tudo em guerra, impossível de ser precisa ao último dígito.
E aqui é que a coisa fica ainda mais complicada. O governo israelense, através do seu Ministério das Relações Exteriores, já negou veementemente a validade dos tais números. Dizem que a proporção real é muito menor e que os métodos de contagem do Hamas… bem, são tudo menos confiáveis. A ladainha de sempre, sabe como é?
Mas o estrago—o político, o diplomático, o moral—já estava feito. Como confiar numa narrativa oficial quando os próprios papéis internos contam uma história diferente? É um golpe duríssimo na credibilidade de Israel perante a comunidade internacional, que já estava com a pulga atrás da orelha.
Não é só um número. São pais, mães, filhos, avós. Pessoas que estavam no lugar errado, na hora mais errada possível. Gente que nada tinha a ver com o conflito, mas que acabou pagando o preço mais alto por ele. É de cortar o coração, não é?
Esta revelação joga gasolina numa fogueira que já não podia estar mais quente. Coloca uma lupa gigantesca sobre as táticas militares israelenses e sobre o custo humano absolutamente brutal desta guerra sem fim à vista. O mundo está a assistir. E, pelos vistos, a contar.