
Mais um dia que começa com o coração pesado lá pelos lados de Nashville, no Tennessee. Não era pra ser assim – uma segunda-feira qualquer, sol batendo na fachada da The Covenant School, uma daquelas instituições católicas que você imagina ser um porto seguro. Mas eis que a violência, essa praga que teima em não dar trégua aos americanos, decidiu fazer mais uma visita indesejada.
Por volta das 10h13 da manhã (horário local, claro), os primeiros estrondos ecoaram pelos corredores. Um atirador, ainda não identificado oficialmente pelas autoridades, resolveu transformar salas de aula em campo de batalha. A polícia chegou rápido, pra ser justo – mas rápido o suficiente?
Caos e Coragem nos Corredores
Imagina só o cenário: crianças entre 5 e 10 anos, professoress tentando manter a calma que não sentiam, aquele pânico mudo que paralisa até os mais corajosos. Os agentes que responderam ao chamado encontraram o criminoso ainda no local, armado até os dentes. Houve troca de tiros – e no final, o atirador foi abatido. Um alívio amargo, se é que isso existe.
O chefe de polícia de Nashville, John Drake, parecia visivelmente abalado quando deu a entrevista coletiva. "Encontrámos vítimas espalhadas pela escola", disse, com aquela voz cansada de quem já viu tragédias demais. Não divulgou números exatos ainda – tudo muito preliminar –, mas confirmou o óbvio: há feridos, e há mortos. Sempre os mais frágeis, não é?
O Que Se Sabe (e O Que Não Se Sabe)
- Local: The Covenant School, Nashville - Tennessee
- Horário: Por volta de 10h13 (horário local)
- Autor: Atirador abatido pela polícia - identidade não revelada
- Vítimas: Múltiplas - número e condições ainda sendo apurados
As redes sociais, como sempre, viraram um caldeirão de informações desencontradas. Pais desesperados procurando notícias dos filhos, vizinhos compartilhando vídeos dos helicópteros sobrevoando a área, aquela angústia coletiva que dói na alma. A escola, que atende do pré-escolar à sexta série, tornou-se palco do impensável.
E enquanto escrevo isto, me pergunto: quantas vezes vamos ter que repetir essa história? Quantas escolas, quantos shopping centers, quantas igrejas precisarão ser manchadas de sangue antes que algo mude? Os EUA vivem um daqueles dilemas existenciais que parecem não ter solução – o direito às armas versus o direito à vida.
O governador do Tennessee, Bill Lee, já se manifestou. Disse estar "monitorando de perto a situação trágica" e pediu orações pelas famílias envolvidas. Orações são bem-vindas, claro – mas será que não está na hora de ações mais concretas?
Os estudantes que conseguiram sair ilesos foram levados para uma igreja nas redondezas, onde pais aflitos correm para reencontrar seus filhos. Cenas que jamais deveriam se repetir, mas que se tornaram macabramente familiares no cenário americano.
E assim segue mais um dia nos Estados Unidos – um país que ama suas liberdades, mas parece incapaz de proteger seus cidadãos mais inocentes. O cheiro de pólvora vai dissipar, as câmeras de TV vão embora, mas o vazio nas famílias atingidas… esse ficará para sempre.