Operação apreende remédios de emagrecimento escondidos em copos térmicos no ES | Folha Vitória
Mounjaro apreendido em copos térmicos no ES

Parece coisa de filme de espionagem, mas foi aqui mesmo, no Espírito Santo. A Receita Federal acabou desbaratando um esquema criativo — para não dizer ousado — de contrabando de medicamentos. E o prêmio? Nada menos que 144 frascos do famoso Mounjaro, aquele remédio para diabetes que virou febre entre quem quer emagrecer rápido.

O valor da apreensão é de cair o queixo: R$ 270 mil. Sim, você leu direito. Quase um quarto de milhão de reais em pequenas ampolas.

A jogada era engenhosa, eu admito. Os pacotes chegavam pelos Correios, enviados diretamente de Miami, nos Estados Unidos. Por fora, tudo parecia perfeitamente normal: inocentes copos térmicos, daqueles que a gente usa para manter o café quente. Mas ah, a surpresa…

Ao abrirem as embalagens, os auditores fiscais se depararam com a verdade. Lá dentro, escondidos com destreza, estavam os frascos do medicamento. Uma tentativa claramente intencional de burlar a vigilância sanitária e as leis que regem a importação de remédios no Brasil.

Nenhuma daquelas encomendas tinha a menor documentação que autorizasse a entrada desses produtos no país. Nada. Zero. A Anvisa, claro, não tinha liberado nada daquilo. E pior: a embalagem original das caixas de Mounjaro veio toda em espanhol, o que já levanta uma bandeira vermelha gigante sobre sua origem e destino.

O que me deixa pensativo é o risco que as pessoas correm ao comprar remédios assim, sabe? Sem procedência, sem garantia, longe do controle das autoridades. É uma roleta-russa com a própria saúde. A Receita Federal, é claro, já determinou o que vai acontecer com a apreensão: tudo será destruído. Um fim digno para uma tentativa de colocar em risco a saúde pública.

Fica o alerta, né? Às vezes, a promessa de um resultado rápido e milagroso pode esconder muito mais do que imaginamos. Literalmente.