Imagine ter R$ 50 bilhões no banco, mas não poder tocá-los. É exatamente esse pesadelo burocrático que assombra empresas em São Paulo. Um verdadeiro beco sem saída fiscal.
O cerne da questão? A tal da "guerra fiscal" entre estados, uma briga de gigantes onde São Paulo saiu perdendo – e como. O estado simplesmente travou a liberação de créditos de ICMS, um montante que beira o inacreditável. A justificativa? Medo. Medo de que outros estados, em manobras agressivas para atrair empresas, criem créditos que, no fim das contas, São Paulo teria que bancar.
Um Problema que Bate na Porta do Contribuinte
Não é papo de economista, não. É coisa séria. O secretário da Fazenda, Samir Youssef, assumiu a bomba. Ele alerta que a farra de incentivos fiscais por aí está criando uma conta que alguém vai ter que pagar. E adivinha quem é o alguém? Pois é.
O resultado prático é desastroso. Empresas de todos os tamanhos estão com o fluxo de caixa estrangulado. Dinheiro que é direito delas, parado, rendendo nada. É como se você tivesse o salário bloqueado porque o banco desconfiou de uma transferência. Uma loucura!
E Agora, José?
O governo estadual joga a responsabilidade para a União, clamando por uma solução nacional. Mas enquanto isso não vem – e convenhamos, não é que esteja rápido –, o prejuízo só aumenta. A sensação entre os empreendedores é de total desamparo. E a pergunta que não quer calar: até quando?
Esse imbróglio todo joga uma luz crua na fragilidade do sistema tributário brasileiro. Uma teia de regras tão complexa que, no fim, trava a própria economia que deveria fomentar. Ironia das grandes.
O que era para ser um mecanismo de equilíbrio virou uma arma. E São Paulo, o estado mais rico da federação, se vê encurralado em sua própria estratégia defensiva. O custo? A paciência e o capital de quem move a economia.
