
Era uma quinta-feira comum em Votorantim, mas uma movimentação diferente chamou a atenção perto do centro comercial. A Polícia Civil, seguindo aquela intuição que só quem está na área há anos desenvolve, decidiu dar uma olhada mais de perto numa adega que parecia comum demais para ser verdade.
E não é que a desconfiança tinha fundamento? Lá estavam elas: mais de duzentas garrafas de bebidas alcoólicas — cervejas, vinhos, destilados — sendo vendidas sem a menor cerimônia, completamente desprovidas de nota fiscal. Uma situação que, convenhamos, não chega a ser novidade no Brasil, mas que sempre preocupa.
O que significa comprar bebida sem nota?
Parece besteira, mas não é. Quando você compra uma bebida sem nota fiscal, está basicamente comprando gato por lebre. Não dá pra saber a origem do produto, se foi armazenado corretamente, muito menos se atende aos padrões de qualidade. É como comprar um carro sem saber o histórico — pode dar certo, mas as chances de dor de cabeça são enormes.
E olha, o problema vai além do consumidor. O comércio irregular tira recursos dos cofres públicos que poderiam estar sendo usados em saúde, educação, segurança... Enfim, todo mundo sai perdendo.
Como identificar estabelecimentos irregulares?
- Desconfie de preços muito abaixo do mercado — quando a esmola é demais, o santo desconfia
- Observe se o local emite nota fiscal — se não emite, já é uma bandeira vermelha
- Verifique a procedência dos produtos — embalagens danificadas ou com aspecto velho são sinais de alerta
- Prefira estabelecimentos conhecidos e com boa reputação — melhor prevenir que remediar
Agora, o que mais me preocupa nesse tipo de situação é o risco que as pessoas correm sem nem saber. Imagina comprar uma bebida para comemorar um aniversário e, no meio da festa, descobrir que o produto estava adulterado? É pedir para estragar o clima.
Os donos do estabelecimento, claro, vão responder por sonegação fiscal e comércio irregular. Mas a verdade é que, enquanto houver quem compre, sempre vai ter quem venda. É aquela velha história: oferta e demanda.
O caso segue sob investigação, e a população pode denunciar situações similares através dos canais oficiais. Afinal, fiscalizar não é só dever do Estado — é responsabilidade de todos nós.