Numa ação que parece saída de um roteiro de filme policial, a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) botaram a mão na massa — e no bolso de criminosos digitais. Resultado? Uma bela e suculenta recuperação de R$ 55 milhões em criptomoedas, dinheiro que estava escondido em carteiras virtuais após uma série de golpes aplicados contra brasileiros.
Não foi coisa rápida, não. A operação, batizada de "CriptoPatrulha", levou meses de investigação. Os investigadores rastrearam transações suspeitas que, pasmem, sumiam como mágica — só que no mundo digital, rastro sempre fica. E foi assim que chegaram aos responsáveis.
Como o esquema funcionava?
Os golpistas, que pareciam ter assistido a muitos tutoriais na internet, usavam técnicas sofisticadas para aplicar:
- Phishing — aqueles e-mails e mensagens que parecem legítimos, mas são puro veneno;
- Falsas promessas de investimento — "renda 300% em uma semana", você já viu esse filme, né?
- Falsificação de plataformas — sites idênticos aos de corretoras conhecidas, mas que só serviam para roubar.
E olha só a cara de pau: quando as vítimas caíam, o dinheiro sumia em segundos. Transferido, dividido, lavado. Mas, como diz o ditado, "por mais que a mentira corra, a verdade alcança" — e no caso, alcançou com direito a mandados de busca e apreensão em três estados.
O que acontece agora?
Os valores recuperados estão sendo contabilizados — e a PF já adiantou que parte será devolvida às vítimas. Mas atenção: esse processo pode demorar. Afinal, estamos falando de criptomoedas, um território onde até o rastro de papel tem código.
E os investigados? Bem, se tudo correr como esperado, podem enfrentar acusações por crimes como estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ou seja: o buraco é mais embaixo — e, dessa vez, sem saída fácil.
Quer uma dica? Desconfie de promessas milagrosas. No mundo das criptomoedas, como em qualquer investimento, se parece bom demais pra ser verdade... é porque não é.
