
Era um esquema tão bem armado que parecia saído de roteiro de filme — mas a realidade, como sempre, supera a ficção. Uma mãe e sua filha, residentes no Distrito Federal, transformaram pequenos produtores rurais em vítimas de um golpe que deixou rastro de destruição financeira. O prejuízo? Nada menos que meio milhão de reais.
Segundo as investigações, a dupla agia com uma lábia afiada. Prometiam mundos e fundos: desde financiamentos agrícolas "milagrosos" até regularização de documentos de terras. Só que, claro, tudo não passava de um teatro cuidadosamente ensaiado.
O modus operandi
O esquema tinha uma engenhosidade que daria inveja a muitos estelionatários profissionais:
- Primeiro ato: Selecionavam propriedades com documentação irregular ou produtores endividados
- Segundo passo: Ofereciam "soluções" sob medida, sempre com urgência artificial
- O golpe final: Sumiam com os valores adiantados para "custos administrativos"
E não pense que era algo rápido — algumas vítimas foram enredadas nessa teia por meses. A dupla sabia exatamente como manter a ilusão viva, alimentando esperanças com falsos documentos e promessas vazias.
Como caíram?
Ah, aí vem a parte interessante. Toda máfia tem seu ponto fraco, e nesse caso foi a ganância. Ao ampliarem demais o alcance do golpe, chamaram atenção de autoridades. Um dos produtores, mais desconfiado que os outros, decidiu checar as informações — e descobriu que estava sendo feito de trouxa.
A Polícia Civil do DF não perdeu tempo. Com mandados de busca e apreensão, encontraram provas contundentes: documentos falsificados, contratos fantasmas e, claro, o rastro digital do dinheiro desaparecido.
"Elas tinham uma capacidade impressionante de convencimento", relatou um delegado envolvido no caso. "Mas esqueceram que no campo, assim como na cidade, a justiça pode ser lenta — mas sempre chega."
Enquanto aguardam julgamento, as duas responderão por estelionato qualificado e formação de quadrilha. E os produtores? Bem, muitos ainda tentam se recuperar do baque financeiro. Uma lição dura sobre desconfiar de "oportunidades" perfeitas demais.