
Imagine a cena: um empresário morre e, no dia seguinte, como num passe de mágica, sua empresa avaliada em milhões muda de mãos. Soa estranho? A Polícia Civil de Goiás achou mais que estranho - achou suspeito demais para ser coincidência.
Estamos falando de uma transferência que aconteceu numa velocidade que dá até tontura. O proprietário faleceu e, pasmem, no dia seguinte já tinha "assinado" documentos transferindo os direitos da empresa. Alguém aí acredita nessa história?
Os Detalhes que Não Fecham
A tal empresa - que o G1 optou por não identificar para não atrapalhar as investigações - foi avaliada em nada menos que R$ 2 milhões. Uma grana preta que, convenhamos, não é troco de pinga. E foi justamente esse valor que despertou as suspeitas da família.
Os parentes do falecido, coitados, ainda tentando digerir a perida, se depararam com essa bomba. E foram correndo à polícia, claro. Afinal, que história é essa de assinatura pós-morte?
A Investigação Começa a Desvendar o Embrulho
O delegado responsável pelo caso, Renato de Paula Teixeira, não está nada convencido com a narrativa. Ele revelou que a transferência foi registrada no cartório no dia 26 de setembro. O problema? O empresário já tinha partido deste mundo no dia 25.
"Tem cheiro de fraude isso daí", comentou um dos investigadores, que preferiu não se identificar. E realmente, o timing é no mínimo... curioso.
Os peritos agora estão com a faca e o queijo na mão - ou melhor, com os documentos e as assinaturas sob análise. Eles vão descobrir se a firma no papel é mesmo do finado empresário ou se alguém resolveu dar uma de esperto.
O Que Diz a Lei
Para quem não sabe, transferência empresarial é coisa séria. Exige uma papelada danada e, obviamente, a concordância expressa do proprietário. Mas como alguém concorda com alguma coisa depois de morrer? A menos que tenha sido um fantasma, a coisa não fecha.
O caso me lembra aquelas histórias de filmes onde herdeiros ardilosos tentam passar a perna nos outros. Só que aqui é a vida real, com consequências reais.
Enquanto isso, a família aguarda ansiosa - e com razão - pelos resultados da perícia. E você, o que acha? Será que foi mesmo uma assinatura legítima ou tem maracutaia no meio?
Uma coisa é certa: em se tratando de dois milhões de reais, as pessoas são capazes de coisas inacreditáveis. E a polícia promete não descansar enquanto não descobrir a verdade por trás dessa transferência mais do que oportuna.