Seguro Cibernético: Mercado Brasileiro Dispara 11 Vezes em Apenas 5 Anos
Seguro Cibernético: Alta de 11x no Brasil

Parece que todo mundo, do pequeno comércio à grande corporação, finalmente acordou para a realidade digital. E que realidade! Os números são de deixar qualquer um de cabelo em pé: o mercado de seguros contra ataques cibernéticos no Brasil deu um salto monumental, multiplicando-se por onze vezes desde 2019. Sim, você leu direito. Onze.

Os dados, compilados pela Susep (a Superintendência de Seguros Privados), mostram uma trajetória que é praticamente uma linha vertical no gráfico. Em valores? Os prêmios totais, que eram de R$ 28 milhões há cinco anos, fecharam 2023 na casa dos impressionantes R$ 312 milhões. Não é apenas crescimento; é uma explosão silenciosa.

Por Que Tanta Pressa em se Segurar?

A resposta, infelizmente, é simples: a ameaça ficou real demais. O que era uma preocupção vaga de grandes empresas se tornou um pesadelo cotidiano para negócios de todos os portes. Ransomware, aqueles sequestros de dados onde criminosos cobram resgate, virou lugar-comum. Vazamento de informações? Uma constante. E o prejuízo vai muito além do financeiro – é a reputação de uma marca que pode ser destruída da noite para o dia.

Não é exagero. Só no ano passado, as seguradoras pagaram R$ 136 milhões em indenizações para cobrir estragos de ataques virtuais. Um aumento de 67% em relação a 2022. A conta está ficando cada vez mais salgada, e todo mundo quer se proteger.

O Perfil do Segurado Mudou (e Muito)

Antes, esse era um nicho. Algo quase exclusivo para grandes players do setor financeiro ou de tecnologia. Hoje? A paisagem é completamente diferente. Pequenas e médias empresas, que antes se julgavam 'invisíveis' para hackers, estão correndo para contratar coberturas. A percepção de risco mudou radicalmente.

E não é para menos. Com o aumento do trabalho híbrido e a dependência crítica de sistemas online, uma brecha de segurança pode significar a paralisação total das operações. Imagine não acessar seus próprios sistemas, seus clientes sumindo, a produção travada. O seguro cibernético deixou de ser um luxo para se tornar uma peça essencial de sobrevivência nos negócios.

E o Futuro? Ainda Mais Quente

Os especialistas do mercado segurador são unânimes: isso é só o começo. A tendência é de crescimento exponencial, impulsionada por dois fatores: a sofisticação dos criminosos e a expansão digital inevitável de praticamente todos os setores da economia.

O Brasil, claro, ainda está engatinhando comparado a mercados mais maduros como Estados Unidos ou Europa. Lá fora, o seguro cibernético já é commodity, item básico de qualquer contrato empresarial. Por aqui, a jornada está apenas no primeiro capítulo. Mas, pelo visto, será uma história longa e movimentada.

Uma coisa é certa: no mundo hiperconectado de hoje, a pergunta não é mais se sua empresa precisa de proteção, mas quando você vai finalmente contratá-la. A corrida já começou.