
Imagine a audácia de um criminoso que, enquanto ameaçava um dos maiores influenciadores do país, ainda por cima comercializava imagens de crianças vítimas de violência sexual digital. Pois é exatamente isso que a Polícia Civil do Paraná desvendou nesta semana, num daqueles casos que deixam qualquer um de cabelo em pé.
O alvo das investidas do suspeito era ninguém menos que Felipe Augusto, o Felca – criador de conteúdo com milhões de seguidores que, diga-se de passagem, já estava com a pulga atrás da orelha há tempos por conta de mensagens perturbadoras.
Das ameaças ao comércio do horror
O negócio era sinistro, vou te contar. O indivíduo não se contentava em apenas assustar o influenciador. Não! Ele decidiu que faria disso uma oportunidade de negócio – dos mais repugnantes, é claro. Investigadores descobriram que ele vendia fotos íntimas de menores que sofriam abusos na esfera digital. Um comércio que envergonha a humanidade, pra ser sincero.
As investigações começaram lá atrás, em outubro do ano passado, quando Felca decidiu que não aguentava mais aquela situação e foi à delegacia. Ameaças via direct no Instagram, mensagens no WhatsApp – o pacote completo de assédio digital que qualquer famoso teme.
A investigação que não deixou ponta solta
Os delegados mergulharam fundo no caso, e olha… não foi moleza. Eles rastrearam contas falsas, analisaram padrões de comportamento digital e conseguiram identificar o IP do sujeito. Advinha? Tudo levava para Curitiba, capital paranaense.
E não pense que o cara era um amador. Ele usava aplicativos de mensagem criptografada, criava perfis falsos como se trocasse de roupa e ainda por cima tentava cobrar de outras pessoas para parar com as ameaças. Sim, você leu certo: ele pedia dinheiro para cessar o que ele mesmo estava fazendo!
Mas a polícia foi esperta – mais esperta que ele, felizmente. Com um mandado judicial em mãos, conseguiram a quebra do sigilo telefônico e identificaram o número usado para tanto desastre. O celular era de ninguém menos que a própria mãe do suspeito. Que situação, hein?
O momento da prisão
Quando a polícia chegou na casa do rapaz, em Colombo, região metropolitana de Curitiba, ele não deve ter acreditado. Preso em flagrante, com todos os equipamentos apreendidos – celular, computador, e quem sabe mais o que teriam encontrado com mais tempo de busca.
O delegado Emerson Bennemann, que coordenou a operação, não escondeu o nojo ao descrever o caso. "Além das ameaças, ele comercializava material de estupro de vulnerável", disse com a seriedade que o tema exige. E completou: "Ele pedia valores para não divulgar conversas e ainda ameaçava familiares".
Pra piorar – se é que dá pra piorar – o sujeito ainda ameaçava a família do influenciador. Cruzaram totalmente a linha do aceitável, não acham?
E as vítimas?
Aqui é que a coisa fica ainda mais complicada. As crianças cujas imagens eram vendidas… bem, ninguém sabe ao certo quem são. A polícia trabalha com a possibilidade de que sejam vítimas de outros crimes, cujas imagens foram parar nas mãos erradas e agora são revendidas nesse mercado negro digital que envergonha qualquer um.
Felca, por sua vez, deve estar respirando aliviado – ainda que traumatizado com toda a situação. Em suas redes sociais, ele sempre alertou sobre os perigos da internet e agora viveu na pele o lado mais sombrio da fama digital.
O caso serve de alerta para todos nós. A internet não é terra sem lei, mesmo que alguns ainda acreditem nisso. Crimes virtuais são crimes de verdade, com investigação de verdade e cadeia de verdade. E que fique o exemplo: ninguém está acima da lei, nem mesmo quem se esconde atrás de uma tela.