Motociclista Esfaqueia Cachorro em Ataque Brutal: 'Ele Veio pra Cima de Mim', Alega Homem em MG
Motociclista esfaqueia cachorro em Juiz de Fora

Que barra, hein? A cena foi dureza pura no bairro São Benedito, em Juiz de Fora. Um motociclista — desses que a gente vê todo dia pelas ruas — simplesmente parou a moto, desceu e partiu pra violência contra um cachorro. Não foi um empurrão, não foi um grito: foi facada. Várias.

Segundo o tal motociclista, de 28 anos — que prefere não ter o nome divulgado —, o animal teria avançado contra ele enquanto passava de moto pela Rua Doutor Sizenando de Andrade. "O cachorro veio pra cima de mim, tive que me defender", justificou o homem aos policiais militares que atenderam a ocorrência na última sexta-feira.

Mas aí é que a coisa complica. Testemunhas que presenciaram tudo contam uma versão bem diferente — e mais preocupante. Dizem que o cachorro estava simplesmente na calçada, quieto no seu canto, quando o motociclista parou voluntariamente, desceu da moto e partiu pro ataque. Nada de perseguição, nada de ameaça iminente.

O socorro chegou, mas quase tarde demais

O pobre animal — um vira-lata de médio porte — foi resgatado pelos bombeiros com múltiplos ferimentos. O estado era tão grave que precisou ser levado às pressas para o Hospital Veterinário da UFJF. A situação era crítica, mas os veterinários conseguiram estabilizá-lo — ainda bem.

Enquanto isso, o motociclista foi detido pela PM e encaminhado para a 2ª Delegacia de Polícia, especializada em crimes contra o meio ambiente. Lá, prestou depoimento e foi liberado — pelo menos por enquanto. A polícia ainda está colhendo provas e ouvindo mais testemunhas antes de decidir se vai denunciar o caso ao Ministério Público.

E agora, José?

O caso reacende aquela discussão antiga — e sempre atual — sobre como lidar com animais nas ruas. Por um lado, ninguém nega que cães podem representar perigo em certas situações. Mas será que a resposta precisa ser essa violência toda? A lei é clara: maus-tratos contra animais é crime, com pena de até cinco anos de prisão.

Os vizinhos andam apreensivos. "A gente fica com medo de um cara desses solto por aí", comentou um morador que preferiu não se identificar. "Tinha mil outras formas de resolver isso."

Enquanto a investigação corre na delegacia, o cachorro segue se recuperando — e a pergunta que não quer calar: até onde vai o direito de defesa e quando começa a crueldade gratuita?