Era pra ser mais uma noite tranquila na movimentada Praça do Cristo, em São Carlos. Dois jovens, um de 19 e outro de 21 anos, simplesmente curtindo o fim de tarde de sexta-feira (29), quando a rotina foi quebrada de forma brutal e inesperada.
Um homem, até então desconhecido, se aproximou. Mas não era um cumprimento amigável. Era uma abordagem violenta, direta, anunciando o assalto. Ameaçou os dois rapazes com uma faca, exigindo que entregassem seus pertences. O clima, que antes era de tranquilidade, virou um puro suco de adrenalina e medo.
Só que o plano do criminoso – se é que podemos chamar aquilo de plano – não saiu como ele imaginava. Os dois jovens, surpreendendo o agressor, reagiram. Não se sabe exatamente quem moveu primeiro, mas a confusão foi instantânea. Naquele corpo a corpo caótico, a faca, ironicamente, acabou sendo usada contra seu próprio portador.
O assaltante levou uma golpe. Um único, mas fatal. Ele caiu no chão da praça, que deveria ser um local de lazer, não de violência. Os jovens, em estado de choque, ligaram para a polícia e para o SAMU na hora. A ajuda veio rápido, mas já era tarde demais.
O Aftermath de uma Noite que Deu Errado
Os paramédicos tentaram de tudo, mas o homem, ainda não identificado, não resistiu ao ferimento. Morreu no local, diante do espanto de quem passava por ali. A cena era digna de um filme de suspense, mas era a mais pura e crua realidade do interior paulista.
Os dois jovens que reagiram ao assalto foram levados para a delegacia para prestar depoimento. Eles relataram toda a sequência assustadora dos eventos para os investigadores da 2ª Delegacia de Polícia de São Carlos. A princípio, a polícia trabalha com a tese de legítima defesa. Afinal, os rapazes estavam sendo ameaçados com uma arma branca – a situação fala por si só, não é?
O caso agora segue sob a batuta do delegado plantonista, e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos de praxe. A sensação que fica é de um misto de alívio e de tristeza. Alívio pelos jovens que se safaram de um destino pior, e uma ponta de tristeza mórbida por uma vida que se perdeu de forma tão estúpida e violenta.
É um daqueles episódios que faz a gente pensar: até onde se pode ir para proteger a própria vida? A pergunta ecoa pela cidade, que acordou no sábado com mais uma notícia que mancha a aparente calmaria do interior.
