
O Ministério Público do Rio Grande do Sul decidiu arquivar o inquérito que investigava se a Prefeitura de Canoas teria barrado enredos sobre negros e LGBTQIA+ para apoiar financeiramente o Carnaval na cidade. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (27/05).
O caso ganhou repercussão após denúncias de que a administração municipal teria condicionado o repasse de verbas à exclusão de temas relacionados à diversidade nos desfiles das escolas de samba. Segundo relatos, grupos culturais afirmaram ter recebido pressão para evitar esses conteúdos.
O que diz o MP?
Em nota, o Ministério Público afirmou que não foram encontradas provas suficientes para comprovar a alegação de censura prévia. "As investigações não identificaram elementos concretos que sustentem a hipótese de veto temático", declarou o órgão.
Reação dos movimentos sociais
Representantes de entidades ligadas aos direitos humanos e à cultura negra manifestaram descontentamento com a decisão. "É preocupante que questões tão relevantes para a sociedade sejam tratadas com tanto descaso", afirmou uma liderança local, que preferiu não se identificar.
A Prefeitura de Canoas, por sua vez, negou qualquer tipo de censura e afirmou que o apoio ao Carnaval segue critérios técnicos, sem interferência no conteúdo artístico.