
Em um cenário de ausência de regulamentação federal efetiva, as pilhas de rejeitos de mineração estão se tornando uma alternativa às barragens tradicionais e se expandindo rapidamente pelo território brasileiro. Essa prática, que muitas vezes ocorre sem o devido monitoramento, representa um risco significativo para o meio ambiente e para as comunidades próximas.
O que são pilhas de rejeitos?
Diferentemente das barragens, que armazenam rejeitos líquidos, as pilhas consistem em acúmulos de resíduos sólidos ou semi-sólidos, dispostos diretamente sobre o solo. Embora possam parecer menos perigosas, a falta de controle adequado pode levar a deslizamentos, contaminação do solo e de recursos hídricos.
Falta de fiscalização
Sem normas específicas em âmbito federal, muitos estados e municípios acabam adotando critérios próprios – quando adotam. Essa fragmentação regulatória cria brechas que permitem a proliferação dessas estruturas sem os devidos estudos de impacto ambiental ou planos de emergência.
Riscos ambientais
Entre os principais perigos associados às pilhas de rejeitos estão:
- Contaminação de lençóis freáticos
- Erosão do solo
- Liberação de partículas tóxicas no ar
- Destruição de ecossistemas locais
Especialistas alertam que, sem uma política nacional clara, o problema tende a se agravar, especialmente em regiões com intensa atividade mineradora.