
Não é brincadeira, gente. O litoral catarinense, que deveria ser um santuário para as baleias-francas nesta época do ano, virou palco de uma prática criminosa que deixaria qualquer um de cabelo em pé. Fiscais do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) encontraram redes de pesca do tipo "cerco flutuante" — essas sim, uma verdadeira armadilha mortal — nas águas de Imbituba.
E olha que o timing não poderia ser pior: justo quando esses gigantes gentis chegam para se reproduzir e amamentar seus filhotes. "É como colocar uma cerca elétrica no berçário", comenta um biólogo marinho que prefere não se identificar.
Multa salgada e risco maior
Os números assustam:
- Cada rede apreendida media cerca de 900 metros (imagina!)
- As malhas? Apertadíssimas — menos de 10 cm entre os nós
- Multa por infração ambiental: até R$ 100 mil por rede
Mas o pior nem é o prejuízo financeiro. Quando uma baleia se enrosca nessas armadilhas, o desfecho costuma ser trágico. "Já vimos casos de animais que arrastaram redes por meses, até morrerem exaustos", conta uma voluntária do Projeto Baleia Franca.
Operação de resgate 24/7
Enquanto isso, os fiscais trabalham contra o relógio:
- Patrulhas diárias de barco e drone
- Parceria com pescadores locais (os legais, claro)
- Plantão permanente para denúncias
"Tá difícil, mas não vamos baixar a guarda", promete o coordenador da operação, que já confiscou 15 redes só este mês. A esperança? Que a temporada de baleias — que vai até novembro — termine sem mais sustos.
E você? Sabia que dá para ajudar mesmo de longe? Basta ficar de olho e ligar para a linha verde do IMA ao avistar qualquer coisa suspeita. Afinal, o mar é delas... mas a responsabilidade é de todos nós.