
Um estudo realizado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou diferenças alarmantes de temperatura em diferentes regiões de Indaiatuba, no interior de São Paulo. Segundo a pesquisa, áreas urbanas próximas – a menos de 4 km de distância – podem apresentar variações de até 6,7°C devido ao fenômeno conhecido como ilhas de calor.
O que são ilhas de calor?
As ilhas de calor são áreas urbanas significativamente mais quentes do que suas vizinhanças rurais, resultado da substituição de vegetação por superfícies asfálticas e construções, que absorvem e retêm calor. Esse efeito é intensificado pela falta de áreas verdes e pela concentração de edifícios.
Os dados da pesquisa
O estudo da Unicamp analisou microclimas em Indaiatuba e destacou que:
- Regiões com maior densidade de construções e asfalto registraram temperaturas até 6,7°C mais altas.
- Áreas arborizadas ou com maior cobertura vegetal mantiveram temperaturas mais amenas.
- A diferença térmica foi mais acentuada durante a noite, quando o calor acumulado é liberado lentamente.
Impactos na qualidade de vida
Essas variações extremas não são apenas desconfortáveis – elas também afetam a saúde pública e o consumo de energia. Moradores de áreas mais quentes tendem a usar mais ar-condicionado, aumentando a demanda por eletricidade e, consequentemente, as emissões de poluentes.
Soluções possíveis
Os pesquisadores sugerem medidas para mitigar o problema, como:
- Ampliar áreas verdes e parques urbanos.
- Investir em telhados verdes e pavimentos permeáveis.
- Promover políticas de urbanização sustentável.
Indaiatuba, assim como outras cidades em crescimento, precisa repensar seu planejamento urbano para garantir um futuro mais equilibrado e saudável para seus habitantes.