BR-319: Pavimentação só avança com fiscalização ambiental rigorosa, alerta superintendente do Ibama
Ibama: Pavimentação da BR-319 precisa de rigor ambiental

Parece que o asfalto na BR-319 vai ter que esperar um pouco mais — e não é por falta de verba ou máquinas paradas. O pulo do gato, segundo o superintendente do Ibama no Amazonas, é um controle ambiental tão rigoroso que deixaria até os mais meticulosos de cabelo em pé.

"Não tem jeito", diz ele, com aquele tom de quem já viu muita coisa pela frente. "Ou fazemos direito, com todos os protocolos ambientais sendo seguidos à risca, ou melhor nem começar." E não é pra menos: estamos falando de uma estrada que corta o coração da Amazônia, onde cada árvore derrubada sem critério pode virar um problema sem volta.

O dilema do desenvolvimento vs. preservação

Todo mundo quer estrada boa — disso ninguém discute. O problema é como chegar lá sem transformar a floresta em picadinho. O pessoal do Ibama tá com a faca e o queijo na mão: de um lado, a pressão por melhorar a infraestrutura na região; do outro, a obrigação de proteger um bioma que já está no limite.

E olha que a coisa não é simples: segundo os técnicos, qualquer obra na BR-319 precisa de:

  • Monitoramento 24 horas por dia
  • Planos de contingência pra qualquer imprevisto
  • Fiscalização que não dá mole pra ninguém

"Tem gente que acha que é exagero", comenta um ambientalista que prefere não se identificar. "Mas depois que a árvore cai, não adianta chorar."

O jogo político por trás do asfalto

Enquanto isso, nos bastidores, rola uma queda de braço que daria um bom reality show. De um lado, políticos locais pressionando por obras rápidas; de outro, órgãos ambientais segurando a onda com unhas e dentes.

O que pouca gente percebe é que essa briga toda pode definir o futuro não só da estrada, mas de como o Brasil lida com desenvolvimento na Amazônia nos próximos anos. E aí, será que vamos acertar dessa vez? Ou é mais um "faz agora, conserta depois" que já conhecemos tão bem?

Uma coisa é certa: com os holares internacionais voltados pra Amazônia, qualquer passo em falso pode virar um problemão diplomático — sem contar os prejuízos ambientais que ninguém quer pagar.