Câmara libera licenciamento ambiental com brecha para petróleo na Amazônia — entenda o impacto
Câmara aprova regras que podem liberar petróleo na Amazônia

Parece que a discussão sobre desenvolvimento versus preservação ganhou um novo capítulo — e dessa vez com um gosto amargo para ambientalistas. A Câmara dos Deputados aprovou, em votação acirrada, um projeto que mexe no vespeiro do licenciamento ambiental. E olha só o detalhe: escondido nas entrelinhas, tem uma brecha que pode ser um prato cheio para a exploração de petróleo na Amazônia.

O que muda na prática?

O texto — que ainda precisa passar pelo Senado — simplifica (e muito) as regras para licenças ambientais. Os defensores falam em "agilizar o desenvolvimento". Já os críticos chamam de "passar a boiada", como diria certo ex-ministro. A coisa fica ainda mais polêmica quando você descobre que:

  • Obras em áreas de "baixo impacto" podem ficar dispensadas de licença
  • O conceito de "baixo impacto" é, digamos, flexível demais
  • Tem uma cláusula que pode abrir a porteira para projetos de petróleo e gás

Não é à toa que os ambientalistas estão com os cabelos em pé. "Baixo impacto" na Amazônia? Sério mesmo? A região que é o pulmão do mundo — e que já sofre com desmatamento recorde — agora pode virar alvo de plataformas de petróleo.

O jogo político por trás da votação

Aqui a coisa fica interessante. O projeto foi aprovado com um apoio surpreendente da base governista — o que deixou muitos de boca aberta, considerando o discurso "verde" do governo. Será que o desenvolvimento econômico falou mais alto? Ou será que tem outros interesses nessa história toda?

Os ruralistas, claro, comemoraram. Já os povos indígenas e comunidades tradicionais — que nem sempre têm voz nesses debates — ficaram de fora da discussão. E olha que são justamente eles os primeiros a sentir na pele os impactos dessas mudanças.

E agora?

O projeto ainda tem que passar pelo Senado, onde a briga promete ser feia. Enquanto isso, especialistas alertam: se virar lei como está, pode ser um tiro no pé para o Brasil lá fora. Imagina a imagem do país, que se vende como potência ambiental, liberando petróleo na Amazônia? O estrago na reputação — e nos ecossistemas — pode ser irreversível.

E você, o que acha? Até onde vale a pena flexibilizar as regras em nome do desenvolvimento? Será que não estamos trocando o futuro por um pouco mais de combustível hoje?