
O Amazonas registrou um número surpreendente em seu último censo: mais de 260 mil pessoas vivem atualmente dentro de áreas protegidas, como unidades de conservação e terras indígenas. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (11/07/2025), revelam um aumento significativo em relação aos anos anteriores e trazem à tona discussões sobre sustentabilidade, direitos territoriais e políticas públicas.
O que os números mostram?
De acordo com o levantamento:
- A maioria desses habitantes reside em unidades de conservação de uso sustentável, onde a ocupação humana é permitida sob certas regras
- Comunidades tradicionais, como ribeirinhos e indígenas, representam grande parte dessa população
- Há também registros de ocupações irregulares em áreas de proteção integral
Desafios e oportunidades
Especialistas apontam que essa realidade apresenta dois lados:
- Preservação cultural: Muitas dessas comunidades mantêm modos de vida tradicionais que ajudam a conservar a biodiversidade
- Pressão ambiental: O crescimento populacional nessas áreas pode ameaçar ecossistemas sensíveis se não for bem gerido
"Precisamos de políticas que reconheçam os direitos dessas populações enquanto garantem a proteção ambiental", afirma Maria Silva, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
O que diz o governo?
O governo do Amazonas anunciou que está revisando seus planos de manejo para essas áreas, com o objetivo de:
- Melhorar a infraestrutura básica para as comunidades
- Fortalecer a fiscalização contra ocupações ilegais
- Criar programas de educação ambiental
Os dados completos do Censo serão divulgados nos próximos meses, trazendo mais detalhes sobre as condições de vida nessas áreas protegidas.