O estado de São Paulo consolidou sua posição de liderança na produção de energia limpa no Brasil. Dados oficiais mostram que quase 60% de toda a energia disponível no território paulista no ano passado teve origem em fontes renováveis.
Os números da liderança paulista
De acordo com o Balanço Energético do Estado de São Paulo (BEESP), que consolida as informações de 2024 e será divulgado oficialmente nesta terça-feira, 30 de dezembro de 2025, a oferta interna bruta de energia a partir de fontes renováveis atingiu a marca de 59%. Este indicador mede toda a energia disponível no estado para ser transformada ou consumida diretamente.
O desempenho coloca São Paulo bem à frente da média nacional. Enquanto o estado atingiu 59%, o Brasil como um todo registrou 50% de participação de renováveis em sua oferta interna de energia no ano passado, conforme o Balanço Energético Nacional 2025.
O motor do crescimento: a força do etanol
A explicação para a posição de vanguarda de São Paulo está, em grande parte, no setor de biocombustíveis. O estado não apenas é um grande produtor, mas também um exportador líquido de etanol. O BEESP aponta que, em 2024, São Paulo exportou mais etanol do que consumiu internamente.
A dimensão da produção paulista fica clara ao observar os números nacionais. Do total de 37 bilhões de litros de etanol produzidos no país no ano passado, impressionantes 13,8 bilhões de litros (37%) saíram de usinas localizadas em São Paulo. A produção de cana-de-açúcar para etanol se mantém como um pilar fundamental da matriz energética estadual.
O que esses números significam para o futuro?
Os dados consolidados no balanço energético reforçam o papel estratégico de São Paulo na transição para uma economia de baixo carbono no Brasil. A alta participação de fontes renováveis, capitaneada pelo etanol, coloca o estado em uma posição vantajosa tanto em termos de segurança energética quanto de sustentabilidade ambiental.
A liderança na produção de biocombustíveis não só reduz a dependência de combustíveis fósseis, como também gera riqueza e empregos no interior do estado. O desempenho acima da média nacional serve como um importante indicador do potencial de expansão das energias limpas em outras regiões do país.
