
Não é todo dia que a rotina de um bairro tranquilo em Duque de Caxias vira um verdadeiro filme de ação. Mas foi exatamente isso que aconteceu quando a polícia decidiu dar um basta nas atividades suspeitas de uma família empreendedora — só que do jeito errado.
Imagine a cena: um terreno aparentemente comum, escondido entre casas residenciais, onde toneladas de sucata se acumulavam sem qualquer controle. Metais, eletrônicos, peças de carro — tudo misturado e, pasmem, sem a menor autorização. O negócio, que já funcionava há tempos, foi descoberto graças a denúncias de vizinhos incomodados com o vai-e-vem de caminhões a qualquer hora.
Operação surpresa pega família desprevenida
Naquela manhã, enquanto o dono do ferro-velho e seus dois filhos organizavam mais um carregamento, agentes da Delegacia de Meio Ambiente apareceram de repente. "A gente sabia que tava errado, mas nunca pensou que daria nisso", confessou um dos detidos, ainda atordoado com a situação.
O que parecia ser apenas uma forma de ganhar dinheiro rápido se transformou em:
- Multas pesadas por crime ambiental
- Perda de todo material apreendido
- Processo por exercício ilegal de atividade econômica
Os policiais encontraram de tudo — desde baterias de carro vazando ácido até fios de cobre claramente roubados. "Isso aqui é um perigo ambulante", comentou um dos agentes, enquanto registrava as provas.
Problema que vai além do óbvio
O que muitos não percebem é que esses ferro-velhos ilegais são como cânceres urbanos. Além da poluição visual e sonora, contaminam o solo, colocam em risco a saúde pública e, não raro, servem de fachada para outros crimes. Em Duque de Caxias, a prefeitura já identificou pelo menos 15 locais similares só neste ano.
E o pior? Muita gente ainda acha que é "só um jeitinho de ganhar a vida". Mas quando a conta chega — e sempre chega —, o preço é alto demais. A família agora enfrenta processos que podem levar a penas de até 5 anos de prisão.
Enquanto isso, os vizinhos comemoram. "Finalmente vamos ter paz", disse uma moradora que preferiu não se identificar. Resta saber se essa operação servirá de exemplo para outros que insistem em burlar a lei.