O município de Coronel Pacheco, localizado na Zona da Mata de Minas Gerais, viveu um dia de calor extremo na sexta-feira, 26 de abril. Os termômetros marcaram impressionantes 38,4 °C, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Essa medição colocou a cidade na lista das dez mais quentes do país, ocupando a sexta posição no ranking nacional de temperaturas máximas das últimas 24 horas.
Calor histórico no Seridó e registros na Zona da Mata
O título de cidade mais quente do Brasil na data ficou com Caicó, no Rio Grande do Norte, que registrou 39,1 °C. A cidade, considerada a capital da região do Seridó, no sertão potiguar, liderou o levantamento diário do Inmet. Enquanto isso, em Minas Gerais, outras cidades da Zona da Mata e Campos das Vertentes também sofreram com as altas temperaturas.
Juiz de Fora, por exemplo, teve máxima de 34 °C, aferida pela estação do 5º Distrito de Meteorologia, situada no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Outros municípios da região registraram:
- Muriaé: 36,1 °C
- Viçosa: 34,5 °C
- São João del Rei: 34,8 °C
- Barbacena: 32,5 °C
Alerta vermelho do Inmet e previsão de temporais
Diante da persistência do calor, o Inmet elevou o nível de alerta para vermelho em algumas cidades da Zona da Mata. A meteorologista do instituto, Anete Fernandes, explicou que a mudança de amarelo para vermelho não indica necessariamente um aumento da temperatura, mas sim a persistência das altas temperaturas por mais dias consecutivos.
Esta condição meteorológica está diretamente relacionada a um forte bloqueio atmosférico atuando sobre o Sudeste do Brasil. A previsão é que a onda de calor continue afetando a região pelo menos até a próxima terça-feira, dia 30 de abril.
Paradoxalmente, o fim de semana traz risco de chuvas fortes e até mesmo de granizo para algumas localidades. "A temperatura está muito elevada, qualquer aporte de umidade em qualquer nível da atmosfera vai causar temporal. Essas chuvas são rápidas, mas ocorrem em forma de pancada e com severidade, ou seja, pode ter inclusive granizo", detalhou Anete Fernandes.
Entenda o fenômeno
O bloqueio atmosférico é um sistema de alta pressão que atua impedindo a entrada de frentes frias e a formação de nuvens de chuva, resultando em dias consecutivos de sol forte e calor intenso. Quando esse padrão persiste, como está ocorrendo, configura-se uma onda de calor, com impactos significativos na saúde pública e no consumo de energia.
As autoridades recomendam que a população redobre os cuidados durante este período, como hidratar-se constantemente, evitar exposição ao sol nos horários mais críticos (entre 10h e 16h) e ficar atenta aos alertas oficiais do Inmet para tomar as devidas precauções.