
Em uma revelação surpreendente, o cientista-chefe da empresa de biotecnologia Colossal admitiu que o animal apresentado como uma recriação do extinto Lobo Terrível (Canis dirus) é, na verdade, um lobo cinzento com alterações genéticas.
A descoberta gerou polêmica no meio científico, já que a empresa havia promovido o projeto como um marco na desextinção de espécies. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (22).
O que realmente foi criado?
De acordo com o pesquisador, o animal possui características mistas entre o lobo cinzento moderno e traços do Lobo Terrível, mas não se trata de uma réplica perfeita da espécie extinta há cerca de 13 mil anos.
"Utilizamos técnicas avançadas de edição genética para introduzir sequências de DNA antigo em embriões de lobos cinzentos", explicou o cientista. "O resultado é um híbrido, não uma recriação pura."
Reações da comunidade científica
Especialistas em paleogenética questionam a abordagem da Colossal, argumentando que o projeto pode gerar expectativas irreais sobre a possibilidade de trazer espécies extintas de volta à vida.
Além disso, biólogos conservacionistas alertam para os riscos ecológicos de introduzir animais geneticamente modificados em ecossistemas modernos.
Próximos passos
A Colossal afirma que continuará os estudos para refinar a técnica, mas não descarta a possibilidade de comercializar a tecnologia no futuro.
Enquanto isso, o debate sobre os limites éticos da engenharia genética e da desextinção ganha novos capítulos.