
Era uma daquelas notícias que a gente lê e sente um nó no estômago. A indústria paranaense levou um golpe duro—daqueles que deixam marcas profundas. A Elejor, empresa do setor metalúrgico que era praticamente uma instituição em Ponta Grossa, baixou as portas. Para sempre.
O motivo? Ah, o motivo é aquele velho conhecido que aperta o bolso de todo mundo—seja dono de casa ou dono de fábrica. A conta de luz. Só que em escala industrial, o estrago é catastrófico.
O tarifaço na energia simplesmente inviabilizou a operação. A empresa, que empregava dezenas de pessoas diretamente e movimentava uma cadeia gigante de fornecedores locais, não aguentou o tranco. A decisão de fechar as atividades foi anunciada nesta quarta-feira (20), e o clima por lá é de luto. Um silêncio pesado tomou o lugar do barulho das máquinas.
Não Foi Do Dia Para a Noite
Olha, ninguém aqui está dizendo que foi uma surpresa. A crise energética já dava sinais há tempos—aqueles sinais que a gente teima em ignorar até que a conta chega. E quando chega, ufa. A Elejor tentou de tudo: cortou custos, negociou com fornecedores, buscou eficiência. Mas contra a planilha de energia, não houve gestão que resistisse.
O pior de tudo é o efeito dominó. Cada demissão ali não é só um número. É uma família que perde o sustento, um comércio local que perde um freguês, um carro que para de circular. A economia da região leva um tombo—e dos grandes.
E Agora, José?
A pergunta que fica, e que ninguém no poder parece querer responder direito, é: até quando? Quantas empresas precisam fechar até alguém perceber que o custo da energia está estrangulando a produção nacional? O Paraná, que sempre foi um celeiro industrial forte, começa a mostrar fissuras. E isso é assustador.
Enquanto isso, os funcionários demitidos saem com uma mão na frente e outra atrás. Sem plano B, sem uma rede de proteção que segure a queda. A situação é tensa, complexa e—por que não dizer?— profundamente injusta.
O caso da Elejor não é um incidente isolado. É um sintoma. Um alerta vermelho piscando com força no painel da economia brasileira. Ignorar isso não é uma opção—é uma irresponsabilidade.