
A coisa tá ficando quente na prefeitura de São Paulo, e não é por causa do verão que se aproxima. O Tribunal de Justiça basicamente deu um prazo curtíssimo — apenas 15 dias — para a gestão municipal apresentar uma papelada que pode detonar um verdadeiro escândalo nos programas de moradia popular.
Parece que algumas empresas, essas que sempre aparecem nos cantos escuros dos contratos públicos, estão sendo investigadas por supostas falcatruas nos projetos habitacionais. E a justiça não tá brincando em serviço não.
O que a prefeitura esconde?
A decisão judicial saiu nesta sexta-feira (11), e olha, foi bastante enfática. O desembargador Sérgio Pacheco, do TJ-SP, basicamente mandou a prefeitura parar de enrolação e liberar todos os documentos sobre essas empresas que estão sob suspeita. A gente sabe que processos assim costumam andar a passos de tartaruga, mas dessa vez o ritmo tá diferente.
O que me deixa pensativo é: por que tanta resistência em mostrar esses papéis? Será que tem coisa aí que não querem que a população veja?
Os bastidores da investigação
A origem dessa história toda vem de uma investigação do Ministério Público que tá rolando já faz um tempinho. Eles desconfiam — e com razão, diga-se de passagem — que houve um esquema bem armado de desvio de verbas públicas destinadas à construção de moradias para famílias de baixa renda.
Enquanto milhares de paulistanos vivem em condições precárias, esperando na fila do sonho da casa própria, alguém pode estar metendo a mão no dinheiro que era pra resolver esse problema. É de cair o queixo, né?
- Contratos superfaturados
- Obras que nunca saíram do papel
- Empresas fantasmas participando de licitações
O pior de tudo é que isso não é novidade nenhuma em São Paulo — mas parece que dessa vez a justiça resolveu botar o pé no acelerador.
O que esperar agora?
Com esse prazo de 15 dias, a prefeitura vai ter que correr muito. E se não entregar tudo direitinho? Aí a multa pode ser pesada — estamos falando de R$ 1.000 por dia de atraso. Pode parecer pouco para os cofres públicos, mas a pressão política é o que realmente importa nesses casos.
O que me preocupa é que esses esquemas sempre têm um jeitinho de se prolongar. Alguém recorre, alguém pede vista, alguém alega sigilo... É uma novela que nunca acaba.
Mas vamos torcer para que dessa vez seja diferente. A população merece transparência, especialmente quando o assunto é dinheiro público sendo usado — ou melhor, sendo desviado — de programas sociais.
Esse caso vai definir muita coisa. Se a justiça conseguir furar o bloqueio de informações, podemos estar diante de uma limpeza necessária na administração pública. Se não... bem, aí é mais do mesmo.