Tornado no Paraná: 6 mortos identificados após tragédia climática
Tornado no Paraná deixa 6 mortos e 750 feridos

Tragédia no Sul: Tornado deixa rastro de destruição no Paraná

O estado do Paraná enfrenta uma das maiores tragédias climáticas de sua história recente. Um tornado de intensidade EF3 devastou a região centro-sul do estado na sexta-feira, 7 de novembro de 2025, deixando um cenário de destruição completa em várias cidades.

Vítimas são identificadas após buscas intensas

Neste sábado, 8 de novembro, o Governo do Paraná divulgou os nomes das seis pessoas que perderam a vida durante a passagem do tornado. Cinco das vítimas eram moradores de Rio Bonito do Iguaçu, município mais afetado pelo fenômeno climático, enquanto uma pessoa era de Guarapuava.

As vítimas fatais identificadas pelas autoridades são:

  • José Neri Geremias, 53 anos, de Guarapuava
  • Julia Kwapis, 14 anos, de Rio Bonito do Iguaçu
  • Jurandir Nogueira Ferreira, 49 anos, de Rio Bonito do Iguaçu
  • Claudino Paulino Risse, 57 anos, de Rio Bonito do Iguaçu
  • Adriane Maria de Moura, 47 anos, de Rio Bonito do Iguaçu
  • José Gieteski, 83 anos, de Rio Bonito do Iguaçu

O governo estadual decretou luto oficial de três dias em homenagem às vítimas da tragédia.

Números da destruição: milhares de afetados

Além das seis mortes confirmadas, o tornado deixou um saldo devastador na região. De acordo com os últimos boletins das autoridades, 750 pessoas ficaram feridas e receberam atendimento médico, sendo que a maioria já recebeu alta.

Entre os feridos, nove apresentaram lesões graves e alguns precisaram passar por procedimentos cirúrgicos, conforme informou a Defesa Civil estadual.

Os danos materiais são igualmente alarmantes. Mais de 1.000 pessoas estão desalojadas e aproximadamente 30 estão desabrigadas. No total, a tragédia afetou mais de 14.000 pessoas, com quase 700 casas danificadas pela força dos ventos.

Buscas são encerradas sem desaparecidos

O Corpo de Bombeiros informou que às 17h deste sábado foram encerradas as buscas nos escombros de edifícios localizados em Rio Bonito do Iguaçu. A decisão foi tomada após a confirmação de que não há mais pessoas desaparecidas na região afetada pelo tornado.

As equipes de resgate trabalharam intensamente desde a noite de sexta-feira para localizar possíveis vítimas soterradas nos destroços deixados pela passagem do fenômeno climático.

Tornado histórico com ventos superiores a 250 km/h

O governador Ratinho Jr. (PSD) revelou durante coletiva de imprensa que o tornado pode ter gerado ventos acima de 250 quilômetros por hora. Esta velocidade coloca o fenômeno na categoria F3 da escala Fujita, considerada de risco severo.

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) havia inicialmente classificado o tornado como F2, correspondente a ventos entre 180 e 250 km/h, antes que a situação se agravasse durante a noite de sexta-feira.

Segundo o governador, um evento desta magnitude não ocorria na região há pelo menos 30 ou 40 anos. "Em um tornado nível 3, com ventos acima de 250km/h, é difícil que alguma casa ou prédio comercial fique de pé. Vimos silos gigantescos e postos de gasolina indo ao chão", descreveu Ratinho Jr.

Além de Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, os estragos do tornado também foram registrados nos municípios de Candói e Laranjeiras do Sul, demonstrando a extensão territorial afetada pelo fenômeno climático extremo.

O governo estadual já anunciou a preparação de uma força-tarefa para a reconstrução das áreas devastadas, enquanto a solidariedade às famílias das vítimas se torna prioridade neste momento de luto coletivo.