Tornado de intensidade rara devasta cidades do Paraná
Um tornado de proporções históricas atingiu o estado do Paraná na sexta-feira, dia 7 de novembro de 2025, deixando um rastro de destruição nas cidades de Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava. Segundo informações divulgadas pelo governador Ratinho Jr. (PSD) na manhã deste sábado, 8 de novembro, os ventos podem ter ultrapassado os 250 quilômetros por hora, caracterizando um evento meteorológico de rara intensidade.
Vítimas e danos materiais
O balanço mais recente aponta que o desastre natural causou 5 mortes e deixou 432 pessoas feridas. Entre os feridos, nove apresentam lesões graves e alguns já passaram por procedimentos cirúrgicos. Duas pessoas continuam desaparecidas, mas as equipes de salvamento recebem novas informações de familiares constantemente, o que pode alterar esse número nas próximas horas.
Os estragos se estenderam também para os municípios de Candói e Laranjeiras do Sul, onde foram registrados danos significativos. O governador descreveu cenas de destruição absoluta: "Vimos silos gigantescos e postos de gasolina indo ao chão. Em um tornado nível 3, com ventos acima de 250km/h, é difícil que alguma casa ou prédio comercial fique de pé".
Classificação e monitoramento
Inicialmente, o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) havia classificado o tornado como categoria F2, correspondente a ventos entre 180 e 250 km/h. Porém, com a piora da situação, a intensidade do fenômeno evoluiu para a categoria F3, considerada de risco severo.
Ratinho Jr. destacou a excepcionalidade do evento, afirmando que um tornado dessa magnitude não era registrado na região há "30 ou 40 anos". A Defesa Civil continua trabalhando no levantamento completo de desalojados e desabrigados, uma vez que a situação ainda está em andamento e os números podem ser atualizados conforme o atendimento avança.
O governo estadual já anunciou a preparação de uma força-tarefa para a reconstrução das áreas afetadas, priorizando o apoio às famílias atingidas por essa catástrofe sem precedentes na história recente do Paraná.
