Tornado EF3 mata 6 e deixa 432 feridos no Paraná com ventos de 250 km/h
Tornado EF3 devasta cidades do Paraná: 6 mortos

Tragédia no Paraná: tornado de grande intensidade causa destruição

Um tornado de categoria EF3 na escala Fujita Aprimorada atingiu com força devastadora cidades do interior do Paraná na sexta-feira (7), resultando em seis mortes confirmadas e 432 pessoas feridas que necessitaram de atendimento médico. Os ventos ultrapassaram 250 quilômetros por hora, causando destruição em massa na região.

Entenda a intensidade do fenômeno

O Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) classificou o tornado como EF3, o terceiro nível mais alto na escala que vai de 0 a 5. Esta categoria indica danos severos e ventos entre 218 km/h e 266 km/h.

De acordo com meteorologistas, a escala Fujita Aprimorada é calculada com base na destruição causada, utilizando 28 indicadores diferentes que avaliam desde residências até estruturas complexas. Cada indicador recebe uma classificação de dano que varia de 1 a 8, produzindo o índice final.

Cenário de devastação em Rio Bonito do Iguaçu

A cidade de Rio Bonito do Iguaçu, localizada a 400 quilômetros de Curitiba e com aproximadamente 14 mil habitantes, foi uma das mais atingidas. A Defesa Civil informou que 80% da cidade ficou destruída pela passagem do tornado.

Imagens registradas por moradores mostram um cenário de extrema destruição, com árvores e postes arrancados, casas devastadas e relatos de queda de granizo. Mais de mil pessoas estão desabrigadas em toda a região afetada.

Formação do tornado e condições meteorológicas

O meteorologista Samuel Braun, do Simepar, explicou que o tornado se formou a partir de uma tempestade do tipo supercélula, caracterizada pela presença de um mesociclone - uma corrente de ar ascendente girando no interior da nuvem.

Braun destacou que o ambiente atmosférico estava muito úmido e aquecido, com cisalhamento extremamente elevado - diferença significativa nos ventos entre a superfície e os níveis mais altos da atmosfera. Essas condições foram determinantes para a formação do fenômeno.

O tornado foi resultado de um ciclone extratropical que atinge o sul do país e também provocou chuvas intensas e estragos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, colocando ainda os estados de São Paulo e Rio de Janeiro em alerta.

Operação de resgate e socorro

Bombeiros e agentes da Defesa Civil continuam as buscas por sobreviventes na manhã deste sábado. As equipes trabalham para prestar assistência às vítimas e avaliar a dimensão total dos danos.

O meteorologista Samuel Braun, com 23 anos de experiência, afirmou que este foi o evento mais forte que já presenciou em sua carreira, destacando a raridade de se registrar um tornado de categoria EF3 na região.