Devastação sem precedentes atinge cidade paranaense
A cidade de Rio Bonito do Iguaçu, localizada no sudoeste do Paraná, enfrenta um cenário de destruição completa dois dias após ser atingida por um tornado de velocidades que alcançaram 250 km/h. O fenômeno natural deixou um rastro de devastação que afetou aproximadamente 90% da infraestrutura do município, que possui cerca de 14 mil habitantes.
Vítimas e danos materiais
O balanço mais recente confirmou seis mortes em decorrência do tornado - cinco em Rio Bonito do Iguaçu e uma na cidade vizinha de Guarapuava. Os serviços de saúde da região já realizaram 784 atendimentos médicos para pessoas feridas durante a tragédia.
Segundo a Defesa Civil do estado, mais de mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas, e esse número pode aumentar conforme as equipes avançam no levantamento completo dos estragos. Muitas famílias perderam tudo e agora dependem de ajuda humanitária para sobreviver.
Serviços essenciais comprometidos
A situação dos serviços básicos continua crítica em várias partes da cidade. 51% do município permanece sem energia elétrica, segundo dados atualizados. A Copel informou que conseguiu restabelecer 49% da rede, priorizando pontos estratégicos como o Centro de Comando da Defesa Civil, o posto de saúde e o Centro do Idoso.
O abastecimento de água foi normalizado pela Sanepar, mas a empresa segue realizando reparos pontuais e distribuindo água envasada e através de caminhões-pipa nas áreas mais afetadas pela tempestade.
Impacto na educação e mobilização de recursos
As consequências do tornado forçaram a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que seria aplicado no domingo, 9 de novembro de 2025. A medida foi necessária devido às condições precárias da infraestrutura local e à priorização dos esforços de socorro às vítimas.
Uma força-tarefa composta por mais de 50 bombeiros e 23 viaturas permanece mobilizada no município. Os agentes realizam sobrevoos, vistorias e atendimentos diretos à população para mapear necessidades urgentes e oferecer apoio às famílias afetadas.
O governo do Paraná mantém equipes de emergência trabalhando incessantemente na cidade, enquanto os moradores tentam retomar sua rotina em meio aos escombros. A esperança de reconstruir o que o vento destruiu move a comunidade local, que demonstra resiliência diante da maior tragédia natural de sua história.
