Ciclone extratropical devasta cidades paranaenses
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou solidariedade às famílias das vítimas afetadas por um ciclone extratropical que atingiu o Paraná, resultando em pelo menos seis mortes confirmadas. Em resposta à tragédia, o governo federal enviou uma equipe de apoio liderada pela ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais.
Governo declara situação de emergência
Neste sábado (8), o governo federal reconheceu oficialmente a situação de calamidade pública nos municípios afetados pelo ciclone. A medida, que será publicada em edição extra do Diário Oficial da União, permitirá que as prefeituras solicitem recursos federais imediatamente para ações de socorro.
O reconhecimento sumário da calamidade será feito pela Defesa Civil Nacional e passará a valer assim que for assinado pelo secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros.
Rio Bonito do Iguaçu: a cidade mais devastada
A cidade de Rio Bonito do Iguaçu foi a mais atingida pelo fenômeno climático, registrando ventos de impressionantes 250 km/h na tarde de sexta-feira (7), conforme dados do Simepar. O município confirmou cinco das seis mortes ocorridas no estado.
Segundo informações preliminares da Defesa Civil do Paraná, mais de 1.000 pessoas estão desalojadas e 28 desabrigadas em toda a região afetada. O governo de Ratinho Junior (PSD) informou que mais de 400 pessoas precisaram de socorro dos bombeiros ou atendimento médico.
Resposta federal integrada
O ministro Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, garantiu apoio total do governo federal ao Paraná. "A equipe está autorizada a solicitar tudo o que for necessário da parte do governo federal para empregar na operação, seja força humanitária, equipamentos ou apoio logístico", afirmou o ministro em nota.
Além de Rio Bonito do Iguaçu, a Defesa Civil registrou danos significativos em outras cidades paranaenses, incluindo Guarapuava (onde foi confirmada uma morte), Quedas do Iguaçu, Espigão Alto do Iguaçu, Três Barras, Guaraniaçu e Foz do Iguaçu.
Uma comitiva ministerial já está na região, incluindo a ministra Gleisi Hoffmann e o ministro interino da Saúde, Adriano Massuda. O grupo de Apoio a Desastres, chefiado por Armin Braun, diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres, conta com técnicos especializados para auxiliar as prefeituras locais com os planos de trabalho.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome também mobilizou a Força de Proteção do Sistema Único de Assistência Social para as áreas mais afetadas, enquanto profissionais da Força Nacional do SUS prestarão auxílio à população e às equipes do governo paranaense.