Um violento incêndio consumiu a sucata Chico Alves, localizada no bairro Jacarecanga, em Fortaleza, na noite de quarta-feira, 24 de dezembro. O fogo, que começou por volta das 23h30, rapidamente tomou grandes proporções, sendo visível de vários pontos do bairro, e resultou em um cenário de destruição, feridos e desalojamentos.
Combate às chamas e vítimas
O Corpo de Bombeiros foi acionado através da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS) e empreendeu uma extensa operação para controlar as chamas. Mais de 30 horas após o início, pequenos focos ainda estavam ativos na manhã desta sexta-feira, 26 de dezembro.
A operação mobilizou recursos significativos: 19 viaturas, cerca de 50 agentes e utilizou impressionantes 450 mil litros de água no combate ao fogo, contando também com o apoio de voluntários.
O incêndio deixou um saldo de quatro pessoas feridas, conforme informado pelos bombeiros. Felizmente, nenhuma delas corre risco de vida. A lista de feridos inclui:
- Um bombeiro militar com quadro de exaustão.
- Outro bombeiro militar que sofreu uma queimadura de 2º grau em uma das mãos.
- Um adolescente civil com um ferimento leve na região temporal (lateral da face).
- Uma mulher que passou mal e foi encaminhada para a UPA do Cristo Redentor para avaliação.
Moradores desalojados e vistorias
As consequências do incêndio se estenderam para além dos limites da sucata, afetando diretamente a comunidade do entorno. Vários moradores foram obrigados a deixar suas casas por precaução e segurança. Alguns relataram à TV Verdes Mares que precisaram recorrer à ajuda de amigos ou alugar estadias em pousadas para ter onde dormir.
Pelo menos duas casas e um bloco de apartamentos foram interditados pelas autoridades, que avaliam os riscos estruturais e de segurança. Na manhã de sexta-feira, a Defesa Civil de Fortaleza iniciou um trabalho de vistoria detalhada nas residências da área. O resultado oficial dessa avaliação ainda não foi divulgado, pois o trabalho segue em andamento.
Causas ainda sob investigação
As causas exatas do incêndio ainda são um mistério a ser desvendado. Testemunhas relataram à imprensa que o fogo teria começado após adolescentes soltarem bombas caseiras, conhecidas como "rasga-lata", nas proximidades da sucata. No entanto, essa informação não foi confirmada oficialmente pelo Corpo de Bombeiros.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Ceará informou que a sucata estava fechada no momento do incidente e que somente um laudo da Perícia Forense poderá indicar as causas definitivas do incêndio. A apuração do caso ficará a cargo da Polícia Civil do Estado do Ceará.
Enquanto isso, as equipes de rescaldo continuam no local, monitorando focos residuais e avaliando a estrutura do prédio danificado. A operação contou com atuação integrada da Polícia Militar, Defesa Civil, Autarquia Municipal de Trânsito e SAMU. A Enel Distribuição Ceará também mantém equipes de prontidão para normalizar o fornecimento de energia na área, assim que autorizado pelos bombeiros.
