
O bairro do Guamá, em Belém, acordou em pânico nesta quinta-feira (17). Antes mesmo do sol raiar, labaredas altas como prédios de dois andares devoravam casas simples, uma após a outra — e o cheiro de queimado se espalhava rápido, misturado ao grito de vizinhos desesperados.
"Parecia um pesadelo", contou Maria Silva, moradora de 62 anos que perdeu a casa onde vivia há três décadas. "Acordei com o barulho de gente correndo e quando abri a janela... Meu Deus. Tudo vermelho."
O trabalho dos bombeiros
Os bombeiros chegaram rápido, mas rápido mesmo. Só que as chamas, teimosas como criança birrenta, não davam trégua. Quatro horas de trabalho duro — e olhe lá — pra finalmente dominarem a situação. Dois caminhões-pipa, três viaturas e uma equipe que suou a camisa pra evitar o pior.
- Nenhuma morte registrada (graças a Deus)
- Seis residências totalmente destruídas
- Famílias desabrigadas recebendo apoio da Defesa Civil
E a causa? Aí é que tá. Ninguém sabe ainda. Os peritos tão no local, farejando pistas como cães farejadores — pode ter sido um curto-circuito, uma vela esquecida, quem sabe? Belém tá cheia de histórias assim, infelizmente.
Solidariedade nos momentos difíceis
Enquanto isso, a comunidade — aquela que sempre se vira nos 30 — já se mobiliza. Doações de roupas, comida e colchões pipocam nas redes sociais. "A gente se ajuda porque é família", diz o pedreiro José Almeida, organizando um posto de arrecadação na esquina. Coisa de quem sabe o valor de um teto quando ele some.
O prefeito prometeu ajuda emergencial, mas todo mundo sabe como é: promessa de político é como chuva no verão amazônico — ou chega tarde ou não chega. Torçamos para que desta vez seja diferente.