
Foi um cenário de pura comoção e labaredas que tomou conta do Bairro Industrial em Contagem nesta madrugada de domingo. Lá pras tantas, por volta das 3h30, o silêncio da noite foi quebrado não pelo cantar dos galos, mas pelo estalido sinistro das chamas e pelo desespero de quem via o fogo avançar. Uma gráfica, localizada na Rua das Acácias, simplesmente começou a ser consumida por um incêndio de fazer cair o queixo.
Imagina só: a fumaça espessa, escura, subindo como um fantasma e pintando o céu de negro. Quem mora por perto nem precisou de despertador – o cheiro forte de queimado e a luz laranja intensa foram alarmes mais que suficientes. Avisaram os bombeiros na hora, é claro. Que outra reação se poderia ter?
E os heróis de plantão chegaram com tudo. Quatro viaturas, gente dedicada e preparada, se desdobrando pra conter aquele inferno. A água jorrou por horas a fio, um verdadeiro teste de resistência contra um adversário ardente e impiedoso. O fogo, teimoso, resistia, mas os profissionais não arredaram pé. Trabalho duro, suor e determinação.
O pior, definitivamente, era a incerteza. Será que tinha alguém lá dentro? Essa pergunta, angustiante, deve ter ecoado na cabeça de cada um dos presentes. Felizmente – e graças a Deus – a busca minuciosa não encontrou almas no local. Nenhuma vítima, pelo menos até onde se sabe. Um alívio enorme no meio de tanta destruição.
E Agora, o Que Sobrou?
O estrago, ah, o estrago foi brutal. A estrutura sofreu danos gravíssimos, com partes do telhado simplesmente desabando sob o calor intenso. Máquinas, papel, tudo virou cinza. O prejuízo material? Ainda é cedo para dizer, mas tudo indica que será algo avultado, daqueles que deixam marcas profundas no negócio.
E a causa de tudo isso? Aí é que está o grande ponto de interrogação. Ninguém sabe ao certo o que deu início àquela fogueira toda. Os peritos do Corpo de Bombeiros vão ter que colocar a mão na massa e investigar cada centímetro carbonizado pra tentar achar uma resposta. Pode ter sido um curto-circuito, algo assim, mas no momento é só especulação. A verdade ainda está soterrada sob os escombros.
O que fica é a imagem de um estabelecimento comercial reduzido a quase nada e a comunidade em volta, assustada, tentando entender como algo assim acontece de repente. Um lembrete duro e cru de como o imprevisível pode bater à nossa porta a qualquer instante.