Funcionário de frigorífico no ES confessa assassinato de colega a facadas: 'Queria dormir'
Funcionário mata colega a facadas por barulho no trabalho

Imagina só: turno da madrugada, aquele cansaço que ossifica a alma, e o único desejo é fechar os olhos por alguns minutos. Foi nesse cenário de exaustão extrema que um crime absolutamente brutal aconteceu num frigorífico de Viana, região metropolitana da Grande Vitória.

O caso é daqueles que a gente lê e precisa reler pra acreditar. Na noite de terça-feira, 19 de agosto, por volta das 23h, a linha tênue entre o cansaço desesperador e a sanidade simplesmente se rompeu.

E daí veio o inacreditável.

Um funcionário, até então mais um na linha de produção, simplesmente não aguentou mais o barulho que outro colega — ironicamente, também tentando descansar — estava fazendo. E decidiu 'resolver' a situação de forma definitiva. E violenta. E cruel.

O horror nos detalhes

Segundo a Polícia Civil capixaba, o homem, cujo nome não foi divulgado (e convenhamos, que diferença faz um nome num horror desses?), pegou uma faca. Não qualquer faca, mas uma daquelas de uso industrial, afiada, pesada. E desferiu não uma, não duas, mas múltiplas facadas no colega, identificado como Danilo da Silva Nunes, de 27 anos.

O local? O refeitório. Onde as pessoas comem, conversam, riem. Transformado num palco de horror.

E aqui, meus amigos, é onde a coisa fica ainda mais surreal. Após o crime, o assassino não fugiu. Não tentou esconder o corpo. Não entrou em pânico. Ele simplesmente... lavou a faca. Como se estivesse terminando mais uma tarefa do expediente.

A confissão que gelou os policiais

Quando a polícia chegou, ele estava lá. Tranquilo. E na delegacia, a explicação veio com uma frieza que é difícil de processar.

O motivo? O barulho. O colega estaria fazendo barulho — sim, BARULHO — e isso estava atrapalhando seu sono durante o horário de descanso. E ele queria dormir. Precisava dormir.

Não é à toa que o delegado Titiano Comério, que está à frente das investigações, classificou o caso como «assustador». A palavra soa fraca, não é?

O que se passa na mente de alguém que decide que a solução para o incômodo de um ronco ou de uma conversa alta é a eliminação física do incômodo? A gente fica aqui tentando racionalizar, mas some num buraco negro de incompreensão.

E as consequências?

O homem foi preso em flagrante. A acusação é de homicídio qualificado — que, convenhamos, é o mínimo diante de uma atrocidade dessas. Ele passou por exame de corpo de delito e agora aguarda a decisão judicial sobre sua prisão preventiva.

Enquanto isso, uma família chora a perda de Danilo. Colegas de trabalho tentam digerir o trauma de ter testemunhado — ou descoberto — uma cena de tamanha violência. E a gente fica se perguntando sobre os limites da exaustão no trabalho, sobre a saúde mental negligenciada, e sobre como um ambiente pode se tornar tão hostil a ponto de um conflito banal terminar em tragédia.

Um caso que, infelizmente, vai muito além de um simples crime passional ou de uma briga. É um retrato perturbador de algo quebrado — no indivíduo, e talvez no sistema ao redor dele.