
Imagine a cena: uma criança brincando no quintal, quando, de repente, um grito corta o ar. Era o pequeno Lucas, de apenas 7 anos, que acabara de ser picado por uma cobra venenosa. O pai, em desespero, agiu rápido — mas, infelizmente, não da maneira correta.
Em vez de aplicar o soro antiofídico — aquele que neutraliza o veneno —, o homem, que prefere não se identificar, aplicou uma vacina comum. Sim, você leu certo. Uma vacina. E olha que a confusão não parou por aí.
O que aconteceu depois?
Segundo relatos, o pai, completamente fora de si, correu para o posto de saúde mais próximo gritando que o filho precisava de um antídoto "urgente, mas não sei qual". Os profissionais de saúde, é claro, ficaram perplexos. Afinal, quem em sã consciência confunde vacina com antiveneno?
— A situação foi caótica — contou uma enfermeira que atendeu o caso, preferindo manter o anonimato. — O menino, felizmente, não teve complicações graves, mas poderia ter sido muito pior.
Os perigos da automedicação
Médicos alertam: nunca, em hipótese alguma, tente tratar picadas de cobra em casa. Nem com remédios caseiros, nem com vacinas — que, diga-se de passagem, não fazem o menor efeito contra veneno. O protocolo é claro:
- Mantenha a vítima calma e imóvel
- Retire acessórios que possam apertar (relógios, pulseiras)
- Não corte, não chupe, não aplique torniquete
- Leve imediatamente ao hospital
E sim, isso vale até para aquela "cobrinha inofensiva" que seu tio jurou que não era venenosa. Melhor prevenir do que remediar — ou, nesse caso, do que aplicar o remédio errado.
E o menino?
Lucas, o protagonista involuntário dessa história, recebeu o tratamento adequado a tempo e passa bem. O pai, depois do susto, prometeu nunca mais improvisar quando o assunto é saúde. E você? Já sabia a diferença entre antídoto e vacina? Porque, convenhamos, depois desse caso, nunca mais vamos confundir.