Febre Oropouche em alta no Brasil: sintomas, tratamento e como se proteger
Febre Oropouche: sintomas e como se proteger

Febre Oropouche: surto preocupa autoridades de saúde no Brasil

O Brasil enfrenta um aumento significativo nos casos de febre Oropouche, uma doença transmitida por mosquitos que vem chamando a atenção de especialistas em saúde pública. Com sintomas semelhantes aos da dengue, a infecção pode ser confundida inicialmente, mas requer cuidados específicos.

Origem e transmissão

A febre Oropouche é causada por um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) e é endêmica na região amazônica. No entanto, recentemente, casos foram registrados em outras áreas do país, incluindo regiões urbanas.

O vírus é transmitido principalmente pelos mosquitos Culicoides paraensis (conhecido como maruim ou borrachudo) e Culex quinquefasciatus (pernilongo comum). A doença não é contagiosa entre humanos.

Sintomas a serem observados

Os principais sintomas incluem:

  • Febre alta de início súbito
  • Dores de cabeça intensas
  • Dores musculares e articulares
  • Fotofobia (sensibilidade à luz)
  • Náuseas e vômitos
  • Em alguns casos, meningite asséptica

Os sintomas geralmente aparecem 4 a 8 dias após a picada do mosquito infectado e podem persistir por até uma semana.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais específicos que identificam o vírus ou anticorpos contra ele no sangue do paciente.

Não existe tratamento antiviral específico para a febre Oropouche. A abordagem médica consiste em:

  1. Alívio dos sintomas com analgésicos e antitérmicos
  2. Repouso adequado
  3. Hidratação constante
  4. Monitoramento para possíveis complicações

Importante: O uso de ácido acetilsalicílico (AAS) deve ser evitado, assim como em casos de dengue, devido ao risco de hemorragias.

Prevenção: como se proteger

As medidas de prevenção são semelhantes às adotadas contra outras doenças transmitidas por mosquitos:

  • Uso de repelentes registrados na Anvisa
  • Instalação de telas em portas e janelas
  • Uso de mosquiteiros, especialmente em áreas endêmicas
  • Eliminação de criadouros de mosquitos (água parada)
  • Uso de roupas compridas e claras em áreas de risco

Situação atual no Brasil

O Ministério da Saúde monitora o aumento de casos e reforça a importância da notificação imediata pelos serviços de saúde para melhor acompanhamento da situação epidemiológica. Apesar do crescimento recente, especialistas afirmam que a maioria dos casos evolui sem complicações graves.

Autoridades de saúde recomendam que pessoas com sintomas procurem atendimento médico para diagnóstico adequado e orientação sobre o tratamento mais indicado para cada caso.