
Uma caixa d'água abandonada no terreno do antigo Instituto Médico Legal (IML) de Santos, no litoral paulista, está gerando preocupação entre os moradores da região. O reservatório, que acumula água parada há semanas, pode se transformar em um criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Risco à saúde pública
Com a chegada do verão e o aumento das chuvas, a situação se agrava. "Estamos em alerta máximo com essa caixa d'água", relata uma moradora que prefere não se identificar. "Já vimos larvas na água e tememos pela nossa saúde".
Histórico do problema
O prédio do antigo IML está desativado há anos, mas a estrutura permanece no local. A caixa d'água, com capacidade para milhares de litros, nunca foi removida ou vedada adequadamente. Durante o período chuvoso, ela enche completamente, criando o ambiente perfeito para a proliferação do mosquito.
Reclamações ignoradas
Moradores afirmam que já acionaram a prefeitura e a vigilância sanitária diversas vezes, mas até agora nenhuma medida efetiva foi tomada. "É uma negligência absurda", desabafa outro residente da região. "Enquanto isso, os casos de dengue continuam aumentando na cidade".
Dados alarmantes
Santos já registrou um aumento significativo nos casos de dengue neste ano. Segundo o último boletim epidemiológico, os números são:
- 150% mais casos que no mesmo período do ano passado
- 3 bairros em situação de alerta
- 7 casos graves confirmados
Especialistas alertam
Médicos da região reforçam a importância de eliminar focos como este. "Uma caixa d'água desse tamanho pode produzir milhares de mosquitos por semana", explica o infectologista Dr. Carlos Mendes. "É urgente que as autoridades tomem providências".
A reportagem tentou contato com a prefeitura de Santos, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.