
Uma triste notícia comoveu o Brasil nesta terça-feira (20). O Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, confirmou a morte encefálica de uma bebê siamesa, procedente de São Paulo, que havia passado por uma delicada cirurgia de separação.
A pequena paciente, cuja identidade não foi divulgada, chegou ao Hugol em abril para um procedimento considerado raro e de alta complexidade. A equipe médica, composta por mais de 20 profissionais, realizou a separação das gêmeas no último dia 9 de maio.
"Infelizmente, uma das bebês não resistiu", informou o hospital em nota. "A paciente evoluiu para morte encefálica e os familiares foram devidamente comunicados".
Segundo os médicos, a outra irmã continua internada, mas apresenta sinais de melhora. O caso chamou atenção nacional pela raridade e complexidade do procedimento.
Detalhes do caso
As gêmeas siamesas eram unidas pelo abdômen e compartilhavam órgãos vitais, o que tornava a cirurgia particularmente desafiadora. A equipe médica levou mais de 12 horas para concluir o procedimento.
Especialistas explicam que casos de siameses ocorrem em aproximadamente 1 a cada 200 mil nascimentos, sendo que apenas 50% sobrevivem ao parto. Quando compartilham órgãos vitais, como neste caso, as chances de sobrevivência diminuem consideravelmente.
Repercussão
O caso gerou comoção nas redes sociais, com milhares de pessoas manifestando solidariedade à família. Especialistas em saúde pública aproveitaram para destacar a importância de investimentos em hospitais de referência capazes de lidar com casos tão complexos.
O Hugol, que é referência em traumas e emergências, demonstrou capacidade técnica para realizar o procedimento, embora o desfecho tenha sido trágico para uma das irmãs.