
Os Estados Unidos e o Irã retomaram as negociações sobre o programa nuclear iraniano, em um movimento que reacende esperanças — mas também dúvidas — sobre a possibilidade de um novo acordo. O reinício dos diálogos ocorre em meio a um cenário de desconfiança mútua e declarações pessimistas do líder supremo do Irã, Ayatollah Ali Khamenei.
O ceticismo de Khamenei
Em discurso recente, Khamenei deixou claro seu ceticismo em relação às intenções dos EUA, afirmando que "a experiência mostrou que os americanos não são confiáveis". Suas palavras ecoam a desconfiança de setores conservadores no Irã, que resistem a concessões.
Desafios nas negociações
Analistas apontam três principais obstáculos para um acordo:
- Sanções econômicas: O Irã exige a suspensão imediata de todas as sanções, enquanto os EUA condicionam alívios ao cumprimento de metas.
- Capacidade nuclear: Disputas sobre os limites para enriquecimento de urânio continuam sem consenso.
- Contexto regional: A influência iraniana em países vizinhos preocupa Washington e aliados.
O que esperar?
Diplomatas envolvidos nas conversas afirmam que o processo será longo e cheio de idas e vindas. Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha com atenção, consciente de que o fracasso pode levar a uma nova escalada de tensões no Oriente Médio.