Senado derruba política ambiental de Marina Silva em votação histórica
Senado derruba política ambiental de Marina Silva

O Senado Federal protagonizou nesta quarta-feira uma das maiores derrotas da agenda ambiental do governo Lula ao rejeitar, por ampla maioria, um dos pilares da política comandada pela ministra Marina Silva.

Com 58 votos contrários e apenas 8 favoráveis, os senadores enterraram a proposta que buscaria ampliar a fiscalização contra desmatamentos ilegais na Amazônia e no Cerrado. A medida era considerada essencial para o cumprimento das metas climáticas assumidas pelo Brasil.

Reações imediatas

O placar elástico surpreendeu até os aliados do governo. Líderes ambientalistas classificaram o resultado como "um retrocesso histórico", enquanto ruralistas comemoraram a vitória como "um ajuste necessário à realidade produtiva do país".

Os números que explicam a derrota

  • 58 votos contra a proposta ambiental
  • Apenas 8 senadores apoiaram a ministra
  • 15 abstenções registraram a divisão no plenário

Analistas políticos destacam que a votação reflete a força renovada da bancada ruralista no Congresso, que nos últimos meses intensificou lobby contra as medidas ambientais do governo.

O que muda na prática?

A rejeição do Senado:

  1. Enfraquece a autoridade da pasta ambiental
  2. Dificulta o combate ao desmatamento ilegal
  3. Coloca em risco acordos internacionais do Brasil

Especialistas alertam que a decisão pode impactar negativamente a imagem do país em fóruns climáticos globais, onde Marina Silva vinha recuperando o protagonismo brasileiro.

Próximos passos

Fontes do Ministério do Meio Ambiente adiantaram que a equipe técnica já trabalha em alternativas para contornar o revés legislativo, mas reconhecem que as opções são limitadas sem apoio do Congresso.

O episódio marca o maior desafio da ministra desde o início do governo e acende o debate sobre o futuro da agenda ambiental no país.