
O clima no Ministério Público Federal estava tenso na última semana. E não era por menos. As revelações estampadas nas páginas da VEJA sobre Mauro Cid — aquele ex-ajudante de ordens que virou peça-chave no quebra-cabeça bolsonarista — fizeram a Procuradoria-Geral da República bater o martelo: nada de perdão judicial.
Parece que a coisa tá feia mesmo pro lado do militar. A PGR, em um documento de 14 páginas que mais parece um roteiro de suspense, citou diretamente as investigações publicadas pela revista para justificar a decisão. "As provas colhidas indicam conduta incompatível com os requisitos legais", diz um trecho que deixou os advogados de Cid com os cabelos em pé.
O que a VEJA revelou?
Ah, meu amigo, a revista soltou o verbo. Segundo as apurações, teria rolado uma "orquestração" para tentar blindar o ex-assessor presidencial. Coisa séria, viu? Tão séria que a PGR engoliu a história e usou como base para negar o acordo — aquele famoso "perdão judicial" que tanta gente anda querendo.
- Documentos adulterados? Tem.
- Conversas suspeitas? De monte.
- Indícios de obstrução à Justiça? Bingo.
Não à toa, os procuradores ficaram com o pé atrás. "A conduta do investigado demonstra falta de arrependimento", disparou o MPF, num tom que não deixou margem para dúvidas.
E agora, José?
Com essa decisão, Mauro Cid tá numa sinuca de bico. Sem o perdão judicial — que, convenhamos, seria uma mão na roda pra ele —, o ex-militar pode ter que encarar o processo na marra. E olha que a lista de acusações não é pequena:
- Falsificação de documentos
- Uso de documentos falsos
- Inserção de dados falsos em sistema de informação
Parece até roteiro de filme policial, mas é a pura realidade. E aí, será que ele vai segurar a bronca? Ou vai tentar algum outro movimento nos bastidores?
Uma coisa é certa: a bola da vez tá com a defesa de Cid. Os advogados — que até então apostavam todas as fichas no acordo — agora precisam repensar a estratégia. E rápido. Porque o Ministério Público, com as revelações da VEJA na manga, parece disposto a ir até o fim nessa.
No meio desse tiroteio jurídico, só resta uma pergunta: será que essa decisão vai abrir precedente para outros casos envolvendo o círculo bolsonarista? A resposta, meu caro, só o tempo — e as próximas edições da VEJA — poderão dizer.