
Numa reação que mistura indignação e firmeza, o presidente Lula não poupou críticas à decisão dos Estados Unidos de revogar vistos de autoridades brasileiras — incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. "Isso não se faz", disparou, em tom contundente.
O caso, que já vinha causando burburinho nos corredores do Planalto, explodiu como um rastilho de pólvora nesta semana. E Lula, que normalmente prefere o diálogo diplomático, não conseguiu disfarçar o desconforto. "Não aceitamos ingerência em assuntos internos", reforçou, com aquele jeito característico de quem não está para brincadeira.
O que está por trás da polêmica?
Segundo fontes próximas ao Itamaraty, a medida americana teria relação com investigações conduzidas por Moraes — um nome que, convenhamos, nunca passa despercebido. O ministro, conhecido por decisões polêmicas, virou alvo de um jogo geopolítico que parece saído de um roteiro de espionagem.
E olha que a coisa não para por aí:
- Vistos de familiares também foram cancelados
- A embaixada americana se limitou a "não comentar casos individuais"
- O Itamaraty já prepara uma resposta oficial
Numa daquelas ironias que só a política proporciona, o mesmo país que sempre pregou a "não intervenção" agora dá um passo considerado agressivo por Brasília. E aí, será que isso vai esfriar as relações entre os dois países? Difícil dizer, mas o clima certamente não está dos melhores.
Repercussão em cadeia
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização brasileira mostrou suas garras. De um lado, os que defendem Moraes como herói da democracia; de outro, os que veem na medida americana um "acerto de contas". E no meio disso tudo, Lula tenta equilibrar o jogo — sem perder a pose de estadista, mas deixando claro que o Brasil não vai baixar a cabeça.
Para completar o cenário, especialistas em relações internacionais já alertam: o timing não poderia ser pior. Com a eleição americana se aproximando e o Brasil ocupando a presidência do G20, essa crise diplomática pode ter desdobramentos imprevisíveis.
Uma coisa é certa: o Itamaraty terá trabalho extra nos próximos dias. E nós, brasileiros, mais um capítulo dessa novela política para acompanhar — com direito a todos os ingredientes que a tornam, ao mesmo tempo, fascinante e exasperante.