
Eis que a Ucrânia, mais uma vez, estende a mão — ou será que é um dedo mindinho cauteloso? — para a Rússia. Nesta sexta-feira (19), o governo de Zelensky surpreendeu ao sugerir uma nova rodada de negociações. Mas vamos combinar: depois de tantas tentativas frustradas, quem ainda acredita em conto de fadas geopolítico?
O jogo das cadeiras musicais diplomáticas
Segundo fontes próximas ao Palácio Presidencial em Kiev, a proposta foi enviada através de canais oficiais. Detalhe curioso: acontece justamente quando a Rússia comemora (ou finge comemorar) três anos do início do que chamam de "operação especial". Coincidência? Difícil acreditar.
Os termos exatos ainda são nebulosos, mas sabe-se que incluem:
- Retirada gradual de tropas russas
- Garantias de segurança para Kiev
- Discussão sobre o status de territórios ocupados
Não custa lembrar que a última vez que sentaram à mesa, em 2023, o resultado foi mais tenso que fio de cabelo em sopa.
O outro lado da moeda
Enquanto isso, em Moscou... silêncio. O Kremlin, conhecido por seu timing calculista, ainda não se pronunciou. Analistas ouvidos pelo G1 sugerem que Putin pode estar esperando o momento mais inconveniente possível para responder — estratégia clássica, diga-se.
"É como tentar marcar encontro com ex que ainda guarda rancor", brinca o professor de relações internacionais da USP, antes de completar: "Só que com mísseis nucleares na equação".
Por que agora?
Alguns motivos possíveis para a iniciativa ucraniana:
- Pressão ocidental por uma saída negociada
- Fadiga de guerra na população civil
- Preparação do terreno para eventual contraproposta
Mas atenção: especialistas alertam que pode ser também movimento tático para ganhar apoio internacional antes da cúpula da OTAN no mês que vem. Jogo dentro do jogo, como sempre.
Enquanto isso, nos campos de batalha, os combates continuam intensos — porque papéis assinados em mesas bonitas nem sempre chegam às trincheiras. O que você acha? Dessa vez vai? Ou é só mais um capítulo nessa novela que já deveria ter acabado?