
Numa reviravolta que deixou muita gente de cabelo em pé, Israel finalmente se manifestou sobre aquele bombardeio que pegou de raspão — e como! — na única igreja católica de Gaza. A Igreja de Santa Porphyria, que tá lá desde o século V (sim, você leu certo: mais de 1.500 anos de história), virou alvo numa dessas investidas militares que tão rolando na região.
"Lamentamos profundamente" — foi o que saiu da boca do porta-voz do governo israelense, num tom que misturava formalidade com um certo desconforto. E olha que a coisa não parou por aí: prometeram de pés juntos que vão botar os melhores detetives — ou melhor, investigadores — pra desvendar como é que o único reduto católico da região foi parar no meio do fogo cruzado.
Os detalhes que deixam a situação ainda mais espinhosa
Pois é, meu caro. Enquanto os sinos da igreja não badalam mais — ironicamente, por causa dos estrondos de bombas —, dois palestinos que se abrigavam no local perderam a vida. A Arquidiocese de Jerusalém soltou um comunicado mais tenso que corda de violino, falando em "ataque direto" e "violação do direito internacional".
Israel, por sua vez, veio com o discurso de sempre: "alvo militar nas proximidades". Só que dessa vez, parece que a explicação não colou tão bem. Até porque, convenhamos, igreja do século V não é exatamente o que você chamaria de "ponto estratégico" numa guerra moderna, não é mesmo?
O que esperar da tal investigação?
Bom, se depender das promessas oficiais, vai ter apuração até dizer chega. Mas quem acompanha esses conflitos sabe como é — entre o dito e o feito, tem um abismo do tamanho do Oriente Médio. Enquanto isso, a comunidade católica local tá tendo que se virar nos 30 pra reconstruir o que dá, com aquele gosto amargo de "de novo?" na boca.
E pra piorar? A igreja abrigava não só fiéis, mas famílias inteiras que perderam tudo na guerra. Agora, além de sem casa, tão sem o último refúgio espiritual que lhes restava. Triste, não? Parece aquela história de "quando a esmola é demais, o santo desconfia" — só que nesse caso, o santo tá é fugindo da zona de guerra.