
Parece que o jogo de xadrez diplomático entre Israel e o Hamas está travado — e não é por falta de peças no tabuleiro. As negociações, que prometiam um respiro após meses de tensão, esbarram em paredes de concreto armado de ambos os lados. Quem acompanha o noticiário internacional já sentia no ar que isso não ia ser moleza.
Fontes próximas aos bastidores — daquelas que preferem não ter o nome estampado — revelam que os pontos de atrito são mais espinhosos do que cacto no deserto. De um lado, Israel insiste em condições que beiram o inegociável. Do outro, o Hamas parece ter enterrado os pés no chão como criança faz birra no supermercado.
O que está emperrando o acordo?
Três palavrinhas mágicas (ou diabólicas, depende do ponto de vista): cessar-fogo, reféns e reconstrução. Parece simples no papel, mas na prática é como tentar fazer lasanha no micro-ondas — pode até sair comestível, mas nunca igual à receita da vovó.
- Cessar-fogo: Israel quer garantias que o Hamas juraria de pé junto (se é que dá pra confiar em juramento de grupo considerado terrorista)
- Reféns: As famílias israelenses seguem com o coração na mão esperando notícias dos entes queridos
- Reconstrução: A Faixa de Gaza está mais para campo de batalha do que para lugar habitável
E olha que nem falamos ainda daquele elefante na sala chamado "quem vai fiscalizar o cumprimento do acordo". A ONU? Os EUA? O Qatar? Aposto que nem eles mesmos sabem responder.
E agora, José?
Os mediadores internacionais — esses eternos otimistas — insistem em dizer que "todas as partes demonstram boa vontade". Só que, entre nós, boa vontade nesse contexto parece aquela promessa de ano novo que morre em fevereiro. O clima nas salas de negociação deve estar mais gelado do que sorvete de freezer quebrado.
Enquanto isso, a população civil — sempre ela — paga o pato. Crianças que deveriam estar na escola, trabalhadores que precisam do sustento, idosos sem remédios... a lista de sofrimento é longa como fila de banco em dia de pagamento.
Resta saber se essa encruzilhada diplomática vai durar semanas, meses... ou se vamos todos olhar pra trás daqui a anos e pensar "era só o começo". Uma coisa é certa: quando o assunto é Oriente Médio, previsão é esporte de risco.