Samba e Política: Acadêmicos de Niterói Homenageia Lula em Enredo Explosivo para 2025
Acadêmicos de Niterói homenageia Lula em samba-enredo

Niterói não está pra brincadeira em 2025. A Acadêmicos de Niterói, aquela escola que sempre traz um causo pra contar, decidiu mergulhar de cabeça na história recente do país. E que história, hein?

Nesta terça-feira, a agremiação soltou o verbo — literalmente — ao apresentar seu samba-enredo em homenagem a ninguém menos que Luiz Inácio Lula da Silva. Não é pouco, não. A escola, que vai desfilar no Grupo de Acesso A, tá botando fé que a narrativa do ex-presidente — cheia de altos, baixos e reviravoltas — tem tudo a ver com a dramaturgia do Carnaval.

E olha, a coisa tá bem feita. O samba, gravado com uma energia contagiante, já está rodando por aí. Dá pra sentir o suingue, a cadência que mistura a tradição do samba com uma letra que é praticamente uma biografia cantada. E não uma biografia qualquer, mas aqueles capítulos mais turbulentos — e vitoriosos — da vida do petista.

Mais que um samba, um recado

Não se engane: isso aqui não é apenas uma música. É um posicionamento. Um recado político e cultural entoado na maior festa popular do planeta. A Acadêmicos de Niterói parece estar dizendo que a vida de Lula, com sua jornada de retorno ao poder, tem o épico, a tragédia e a redenção de um grande enredo carnavalesco.

Os compositores mergulharam a fundo na temática. A letra não foge da controvérsia — pelo contrário, ela abraça a complexidade da figura homenageada. É corajoso, sem dúvida. Num país polarizado, escolher um personagem tão amado e tão odiado é jogar gasolina na fogueira. Mas o Carnaval também é sobre isso: sobre falar o que precisa ser dito, mas com batucada e fantasia.

Resta saber como a Sapucaí vai receber esse enredo. Vai vaiar? Vai cantar? Vai ficar em silêncio? Uma coisa é certa: neutralidade, zero. A escola vai movimentar a opinião pública — e isso, querendo ou não, é também seu papel.

Enquanto isso, em Niterói, o clima é de trabalho duro. Os ensaios já começaram, e o samba, agora liberado, vai ecoar pelos barracões e comunidades. Eles não querem apenas um bom desfile; querem contar uma história que mexe com o Brasil inteiro. Será que vão conseguir?

Só fevereiro de 2025 vai dizer. Mas uma aposta eu faço: dificilmente alguém vai sair indiferente da Marquês de Sapucaí depois da passagem da Acadêmicos.