
Era pra ser mais um dia tranquilo no pé da serra, onde o umbuzeiro secular dá sombra pro gado e pros causos dos vizinhos. Mas o sossego acabou quando a polícia botou as botas no chão de terra batida e encontrou um verdadeiro arsenal escondido num barraco de madeira.
O sujeito — que já era observado há tempos pelos moradores da redondeza — não teve como negar: estava com uma 9mm, carregadores, munição pra dar e vender, e um pacote de cocaína que deixaria qualquer chefe do tráfico com inveja. "A gente via gente estranha indo e vindo a hora que o galo cantava", contou um lavrador que pediu pra não ter o nome divulgado.
Operação foi rápida, mas o rastro era antigo
Parece que o tal "seu Zé" (vamos chamá-lo assim, já que a justiça ainda não divulgou o nome) achou que ninguém notaria o vai e vem de motos na estrada de barro. Engano feio. Num lugar onde todo mundo sabe quando o vizinho troca de camisa, esconder um esquema desses era como tentar tampar o sol com a peneira.
- Pistola 9mm com numeração raspada (aquelas velhas conhecidas do crime)
- 17 munições intactas — felizmente não usadas
- Tabletes de cocaína prontos pra distribuição
- Celulares que não paravam de tocar (adivinha quem queria falar com ele?)
Os PMs chegaram como quem não quer nada, mas já sabiam onde pisar. "Quando a gente viu a viatura parando no meio do mato, deu pra sentir o cheiro de problema", riu um dos policiais, enquanto embalava as provas em sacos plásticos.
E agora, José?
O tal "seu Zé" foi levado pra delegacia sem muita conversa. A cadeia já o conhece — parece que essa não é sua primeira dança com a justiça. Enquanto isso, os vizinhos respiram aliviados, mas torcem pra que dessa vez a paz dure mais que o tempo de um cafezinho coado no filtro de pano.
Ah, e o pé de umbu? Continua lá, firme e forte. Testemunha silenciosa de mais um capítulo daquela velha história que se repete: no interior ou na capital, o crime acaba sempre com o mesmo gosto amargo na boca.